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Mercado, e os Autores no Brasil

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Mensagem por Zinid Sáb Jan 07 2012, 13:02

Depois de passar por outros fóruns e ver discussões parecidas sobre o assunto resolvi abrir este tópico, já que também somos aspirantes a autores/quadrinistas, visando que cada um poste suas impressões e rumos que acha que o mercado possa tomar.
------------------------------------

Eu pessoalmente não vejo lugar para iniciantes no ramo das publicações impressas ao menos que invista do próprio bolso para publicar, já que esse mercado é difícil até mesmo para os veteranos e saturado de material estrangeiro.

Vejo grande possibilidades no mercado virtual, a medida que as grandes editoras estrangeiras aumentam sua pressão contra material pirata (Scanlators/Fansub/File Sharing), haverá uma demanda reprimida por material inédito a qual pode ser suprimida por webcomics, mas principalmente no crescente mercado de dispositivos móveis, através de publicidade, vendas diretas e micro transações os iniciantes poderiam obter alguma renda com seus trabalhos, nada que vá torna-los ricos ao contrario do que a maioria espera, mas que pelo menos gere algum retorno ao autor, sendo muito mais viável que concursos de editoras ou coisas do tipo.

Para esse novo mercado terá de surgir um novo tipo de autor, que alem de escrever e/ou desenhar, terá de saber encarar sozinho seu trabalho como um empreendimento no mundo virtual, acumulando conhecimentos de Administração, Informática e Marketing, se tornando dinâmico no trato com seu leitor, este que por sua vez ganha um perfil casual, passando a ser mais importante a consistência na atualização do trabalho do que formação de uma base de "fãs".

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E vocês, o que acham que vai acontecer?
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Mensagem por Pedro La Ruína Sáb Jan 07 2012, 14:19

Minha perspectiva é que existem basicamente duas vias para iniciantes publicarem sua obras e de oportunidade superiores que as do mercado "tradicional de quadrinhos mensais". A via das webcomics, que acredito ser a mais promissora e a vida das graphic novels, uma vez que o povo brasileiro está se mostrando cada vez mais interessado por literatura, logo autores de graphic novels podem se aproveitar desse interesse criando quadrinhos "mais literários".
Como digitei antes, acredito que as webcomics sejam mais promissoras e acredito que nós aspirantes a autores brasileiros devemos focar como público entre pessoas de 20 a 30 anos, fazer capítulos curtos e devemos aprender a dirigir nossas histórias como os autores de novelas fazer, com ganchos no final de cada página (no caso das novelas ganchos antes de começar os comerciais) e com ganchos ainda melhores ao encerrar cada capítulo somado a uma arte limpa e com diálogos e narrações dinâmicas, claro e ainda sim cumprir nossos deveres como autores de deixar algo ao público além de diversão. Agora acho que não precisamos encarar sozinhos nossos empreendimentos no mundo virtual, podemos nos unir como cooperativas para propagar nossas obras. Não devemos nos enxergar como concorrentes e sim como aliados já que devemos estabilizar o mercado primeiro par depois expandi-lo como um mercado competitivo.
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Mensagem por Chairim Sáb Jan 07 2012, 18:10

Bom... o mercado pode mudar totalmente com a implatação da Lei de Cotas de quadrinhos brasileiros.

Vi muitos contra e muitos a favor. E "ironicamente" os muitos contras são justamente aqueles que já possuem um espaço no mercado.

Vi um deles dizendo "quem é bom não precisa de cotas para tá no mercado". Claro... ele já faz parte dos "bons"... Mas será mesmo? Eu conheço muita gente fantástica que não teve oportunidades e que a lei de cotas poderia ajudar e muito!
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Mensagem por Zinid Sáb Jan 07 2012, 18:24

Eu nem esperava uma citação a essa lei de cotas, mas Discordando...
Sou completamente contra essa lei de cotas, ela será um aval e mediocridade da produção nacional, porque simplesmente não vai ajudar o iniciante, e sim o "amigo do amigo do fulano", apenas dando mais espaço a quem já tem, quem tem de decidir o tamanho de um segmento e quem estará nele é o próprio mercado, e não o governo.
Melhor dizendo, eu sou contra qualquer tipo de cota ou estatuto independente de objetivo ou causa, qualquer intromissão do governo beneficiando algum grupo populacional em especifico é inaceitável.

A questão seria, será que estas pessoas fantásticas já tentaram entrar no mercado com o mesmo empenho das pessoas que já estão nele? ou mesmo, elas tem vontade de entrar no mercado? Ou estão esperando uma reserva de mercado como a das cotas pra começarem a se mexer... Em qualquer ramo de atividade apenas talento não basta, tem de ter coragem e visão empreendedora "para ir a luta", já vi muitos fanzineiros fantásticos que poderiam seguir adiante, mas por puro medo preferem ficar parados reclamando que falta espaço, quando na realidade eles não se movem.
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Mensagem por Chairim Sáb Jan 07 2012, 19:37

Pode até ser Zinid. Mas vejo um mercado fechado onde hoje sim, só entra quem tem Q.I. . (quem indica). Acho que com a cota, não se torna uma obrigação, mas sim um jogo honesto dando direito e espaço para o trabalho brasileiro.


E sim, a maioria dos que disse q tem talento estão sim trabalhando com quadrinhos, arte final ou roteiro. Mas, fora do país. Não é justo ter que sair para conseguir trabalhar com o que se gosta. (como exemplo os gêmeos Bá e Moon que só agora conseguiram publicar no Brasil)

Além do mais, a LEI não se baseia apenas na cota, mas em várias particularidades que ela abrange.

Vou citar aqui um trecho de um debate onde o autor dessa fala diz mais ou menos o que penso:


"JAL (cartunista e presidente da Associação de Cartunistas do Brasil – ACB)

Sou a favor em parte importante da lei que fala sobre incentivos fiscais e linha de financiamento para quem publicar quadrinho nacional. Existe um circulo vicioso no mercado que é a facilidade em publicar material estrangeiro. É mais barato e já vem com marketing e promoção prontos. Já o quadrinho nacional tem um custo maior de partida, pois a produção não começa com a distribuição mundial que dilui custos. Se continuar assim, nunca sairemos dessa inanição. Está provado por iniciativas como o ProAC em São Paulo que incentivos criam uma alavanca para a produção nacional. Isso une editores e desenhistas em uma batalha conjunta.
Assim a lei funciona para todos."

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Mensagem por NekoYo Dom Jan 08 2012, 05:29

Muito se falou sobre o mercado de quadrinhos nacional, e a realidade não mudou desde a década de 80.
O que falta mesmo são projetos inéditos, como histórias fechadas e bem escritas, com uma arte apresentável que cative os leitores. Casos que fizeram sucesso foram Holy Avenger e Victory, mas ninguém se lembra de Lua de Dragões. São só exemplos que tô ilustrando aqui, certo!

O que vem acontecendo são os velhos clichês de sempre, com os estilos copiados e ainda sem maturidade pra publicação, mesmo assim, alguns artistas acham tão maravilhoso seu trabalho e que a todo custo ele deveria ser publicado. Essa realidade não existe! As editoras são chatas, pois elas já viram em dezenas de oneshots que isso não dá lucros.

O lado virtual já é uma vertente completamente viável. A produção pode variar de medíocre à estupenda, sem que se perca nada. Não há gasto com corte de árvores, tinta de impressão, máquinas e funcionários.

Discordo do Zinid quanto ao artista necessitar de saber de recursos editoriais virtuais, já que se há interesse nas editoras virtuais de tal publicação, logo, logo o artista só terá de entregar seu trabalho pra que seja vendido e aguardar pelos lucros. A proposta é super interessante num mundo hoje, globalizado e voltado para ecologia. Só falta vontade mesmo, o brasileiro é preguiçoso!

Mas... como aqui mesmo no ZA temos exemplos de persistência e arte de nível elevado. Só que ainda continuam escrevendo, desenhando, produzindo e editando sozinhos. Não há equipes montadas para aumentar a qualidade dos projetos. Ponto que tem como pressão a disconfiança e medo. Enquanto não surgirem ( e isso logo vai acontecer ) recursos que garantam ao artista virtual a divulgação de seu trabalho, ainda estarão numa bolha, cada um com seu projeto individual.

Cito como exemplo a Nyoh! * dando nome aos bois * Eu gostaria de comprar a arte do zine dela virtualmente, mas ela tem receio de me vender. Mesmo que o custo seja o mesmo do valor publicado, eu queria ver o trabalho dela diretamente na tela do PC e não num formatinho A5. Ela gostou da idéia, mas tem medo, e eu acho que ela tem de ter mesmo!! Não que eu vá fazer alguma sacanagem, pois eu a admiro muito, mas outros farão! Com certeza algum Zé Ruela vai divulgar o trabalho que ela fez com tanto capricho e dedicação, de graça! A gente sabe disso.
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Mensagem por yumi moony Seg Jan 09 2012, 21:20

Preparando o mega texto (ou não XD)

O mercado de quadrinhos aqui no país é complicado. Entrando no exemplo de mangás atualmente a gente tem alguma coisa já caminhando como é o caso da Ação, mas ainda é muito pouco se for considerar o mercado editorial de quadrinhos como um todo.

O problema que acho que falta vem de todos os lados: autores que esperam que algum editor apareça na sua casa, os editores que não sabem avaliar um bom material e o próprio público que não consome quadrinhos. Tem que haver uma mudança nesses três lados, na minha opinião, pra coisa começar a tomar uma forma mais abrangente.

Eu acredito que com essa onda de internet e tudo mais, as webcomics são uma boa aposta, a divulgação é rápida porém o lucro é incerto e vêm a longo prazo. Ainda sou do time que prefere coisas impressas, mas vejo a internet como uma boa aliada para divulgação do nosso material.

Não devemos nos enxergar como concorrentes e sim como aliados já que devemos estabilizar o mercado primeiro par depois expandi-lo como um mercado competitivo.

Concordo com você. Acho besteira ficar querendo competir, não somos como os japoness que tem uma linha de quadrinhos altamente estruturada, nosso mercado ainda tá engatinhando. Precisamos de gente competente nesse mercado.

Em qualquer ramo de atividade apenas talento não basta, tem de ter coragem e visão empreendedora "para ir a luta", já vi muitos fanzineiros fantásticos que poderiam seguir adiante, mas por puro medo preferem ficar parados reclamando que falta espaço, quando na realidade eles não se movem.

Sim, isso acontece em muitos lugares, não só no mundo artístico. Fulano reclama porque não conseguiu algo, mas ele correu atrás ou ficou esperando um milagre acontecer?
Pesoas empreendedoras, que correm atrás de algo, são muito poucas. A maioria prefere ficar no seu cantinho. Talento ajuda, mas só isso não basta.


Sobre a lei de cotas...sou contra e vou postar (copiado do blog de um colega roteirista) a resposta que eu deixei:

Deixando aqui a minha opinião.
Nunca fui a favor de lei de cota nenhuma, isso aí é maneira que o governo acha para tampar o buraco dos problemas. “Ah, não temos muitos quadrinhos nacionais sendo produzidos? Então vamos impor um tanto por cento de cotas, o povo para de reclamar e a gente ainda fala que está melhorando o mercado de HQ no país.“
Não é assim que funciona. Tem que comecar de baixo, primeiro colocando material bom e de qualidade, incentivando o público no geral a ler quadrinhos, dando incentivos as editoras que apostem em material nacional, e por aí vai.
Porque imagina se essa lei for aprovada, pra cumprir esses 20% as editoras não vão estar nem aí pra qualidade e vão pegar QUALQUER UM, pagando mais barato que puder pros desenhistas e roteiristas. Vai ficar pior ainda, não é impondo uma cota que se resolve os problemas. O mercado nacional tem muitos buracos, tem que se resolver cada um aos poucos, não é da noite pro dia que se resolvem as coisas.


Desculpem o mega texto! >_> espero que isso não espante o pessoal!
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Mensagem por Zinid Seg Jan 09 2012, 21:50

Ainda acho que os autores não podem ficar parados com essa eterna esperança de aparecer alguém pra vender seu peixe enquanto eles mesmos poderiam estar fazendo isso, nesse sentido, ponto pros fanzineiros, no entanto, sempre da pra expandir um empreendimento.
Porque empreendimento? Simples, a meu ver criar uma história não é apenas escrever, uma simples história pode se tornar uma franquia que rende dinheiro tanto com venda do material original quanto produtos derivados, também vejam que render dinheiro pode ser algo indireto, não necessariamente uma transação direta entre autor e leitor.

Deixo no link abaixo uma matéria muito boa que passou este domingo dia 8 de janeiro no fantástico da rede globo sobre empreendedores.

http://tinyurl.com/8y2eddh
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Mensagem por Pedro La Ruína Seg Jan 09 2012, 22:36

Realmente os autores não devem ficar parados. Acho que devemos primeiro focar em criar obras de alta qualidade e em empreender, daí devemos nos unir, nos unir para fazer barulho seja por meio de eventos ou redes sociais, devemos fazer barulho, não promover nossas obras separadamente, devemos primeiro é promover os quadrinhos, promover os quadrinhos como uma formar inteligente e dinâmica de entretenimento.
Porque apenas empreender não basta, li uma matéria da revista Veja que falava que em cada dez novos empreendedores seis fracassam antes de completar cinco anos de existência e o o mercado de quadrinhos é extremante arriscado, não é apenas "Ir, ver e vencer!", por isso vivo repetindo que devemos nos unir, porque se empreendermos sozinhos não vamos conseguir chegar tão longe, seremos apenas mais algumas microempresas falidas.
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Mensagem por Zinid Seg Jan 09 2012, 23:51

Sim, realmente, há um grande risco em se tornar um empreendedor em qualquer ramo, a grande maioria não consegue se estabilizar no mercado, mas muitas vezes é melhor enfrentar este risco do que simplesmente nunca tentar.

Não diria que o mercado em si careça de qualidade, e sim que há muita coisa de qualidade que nunca saiu das gavetas por inércia de seus autores, no entanto concordo que quem quer entrar no mercado necessita colocar o máximo de qualidade em seu trabalho.
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Mensagem por NekoYo Ter Jan 10 2012, 04:51

Zinid escreveu:...por inércia de seus autores...
= Preguiça

Mas como o macaco é mais educado que eu, ele usou um sinônimo mais sutil!
XDDD
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Mensagem por Fabio-先生 Ter Jan 10 2012, 07:07

Bem tenho acompanhado aqui a dicursão é realmente concordo com o
pessoal sobre esta questões de amenização de problemas com a cota,
ao me ver isto vai se torna uma bola de neve, aparentemente pode até
resolver mais vão colher dificuldade futuras... como eu ainda tó iniciando
tenho q confessar que sou pessimista com relação a tudo, entretanto
acredito que se não fizer nada, nada ira acontecer... como li na materia
que o Zinid menciono, Vc tem q ter paixão pelo aqui que vc faz.
senão não da certo e tem q ter coragem pra conquistar espaço...
e nada acontece da noite pro dia e nem adianta ficar parado esperando.
Lembro que uma vez um amigo que me conhecia a ano me viu desenhar
ele ficou chocado pq não sabia que eu desenhava... foi ai que eu cai na real
e percebi que não divulgava meu trabalho a ninguém... agora qro ao pouco
reverter isso...o/
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Mensagem por Pedro La Ruína Ter Jan 10 2012, 13:31

Como dizia Kant devemos fazer publicidade de nossas idéias as propagando em público.
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Mensagem por Chairim Ter Jan 10 2012, 16:19

Fazer publicidade do próprio trabalho é de lei (alguém já me viu dizendo q propaganda é a alma do negócio? rs...)
Vou escrever algo grande e falar sobre muitas coisas, pega a pipoca e senta aí.

O mercado brasileiro tem muitos problemas. Sou a favor das cotas mas bem, acontecendo ou não, isso não será a solução do Brasil.
Uma coisa q me incomoda muito, é o nicho de desenhistas. Muito são fechados, egoístas, metidos, não ajudam quem esta começando. Não apoiam e nem querem divulgar, mas ficam felizes da vida quando divulgamos algo por eles. São raros os que te ajudam, auxiliam ou dividem um pouco do seu conhecimento com os iniciantes. Gosto muito por exemplo da colorista Cris Peter que tem uma coluna no site da ComicCon. Ela é um exemplo bacana de que estar no mercado não é sinônimo de atacar qualquer principalmente para que ele desista e não vire seu concorrente (pq a maioria age como se tivesse esse medo!). Ela tem uma matéria legal e sincera, além de ser uma simpatia. Claro, existem outros assim, não quero generalizar.

União faz a força, mas aqui no Brasil, são raros os artistas que se apoiam e tentam crescer em união. Claro, isso se deve ao fato de ser um mercado pequeno e concorrido, é lógico que cada um quer seu pedaço de peixe. Porém isso ao invés de ajudar complica demais.


Outro ponto importantíssimo nessa nossa "falha" são os leitores.

Brasileiro não é condicionado a ler, quando lê é restrito ao que seu mundinho pequeno lhe fornece. Não temos a cultura de ler, e pior, ler HQ no Brasil por muitos anos foi sinônimo de “vagabundice” e bem, até hoje ainda é.
O Brasil depois da década de 90 teve uma explosão nas bancas com o mangá, o que foi ótimo, trouxe muitas pessoas para o mundo dos quadrinhos e que hoje são leitores fiéis e que mantém o mercado (em boa parte). Porém, isso causou uma expectativa tamanha de que tem que fazer mangá no Brasil para vender (Mauricio de Souza é um exemplo, e “pior”, ele vende!”).
Mas voltemos ao problema do leitor. Quantas vezes vc., vc mesmo foi na banca e comprou um titulo “desconhecido” e brasileiro? Hoje em dia temos muito, Devir mesmo vive lançado algo, mas me diga? Quantas vezes vc. Teve coragem de gastar seu precioso $ que iria certo para o mangázinho do fulano que vc tanto admira com um titulo nacional desconhecido?
Digo isso com qualquer tipo de leitor, eu mesmo dificilmente trocaria um titulo na banca assinado por Neil Gaiman por um assinado pelo “João da Silva” que tá lançando algo novo e totalmente fodah! (que pode até ser, mas eu não bvou ler, nem vc, nem o outro e bem... a editora por isso não vai lançar o segundo numero! Tadinho do João da Silva!.)
Outra coisa que deve ser entendida, faz tempo que Quadrinhos deixou de ser só em banca. As livrarias com suas graphis Novel (que são caras mas em sua maioria vale muito a pena) estão abarrotadas de títulos... Poucos nacionais, mas isso começou a mudar....Espero que mude cada vez mais ^^

Mas para mim, o ponto mais importante...

O desenhista!
Fico aterroziada com pessoas que chegam pra mim e dizem “quero ser desenhista/ilustrador/cartunista/quadrinhista” e SÓ lê mangá, ou SÓ lê Comis, ou SÓ lê qualquer outra coisa.
Não! Desenhista é um profissional como qualquer outra áera e para tanto precisa de formação. No Brasil, ilustrador não é uma profissão regularizada, por isso não possuímos escola de formação. Mas isso não impede de por si só criar um conhecimento decente que faz toda uma diferença.
Estudar ao menos um pouco de história da arte (pare de reclamar da suas aulas de artes). Descuba qual artista te agrada mais e como ele chegou a sua excelência artística. Não seja um alienado só em mangá, conheça outros desenhos, outras histórias, autores e ilustradores. Não precisa ir muito longe, pertinho de um amigo nerd tem uma carta de Magic, já viu as ilustrações que estão lá? Já procurou que são os caras fodões que fazem isso?
Sabe quem são os quadrinistas que estão conseguindo espaço no mercado? O que eles fazem atualmente? Você quer fazer quadrinhos mas pouco sabe sobre seu próprio mercado e concorrente?
Gostando de comics e só desenhando comics meu amigo, vc. Pode até entrar no mercado, mas logo será dispensado pela mesmice que seu trabalho será.

Não, eu não sonho em fazer quadrinhos.... Mas gosto MUITO dessa áre, das pessoas que trabalham nela e no mercado. Aprendi a ler com 4 anos pq não gostava que minha mãe Lê-se para mim Turma da Mônica então... quadrinhos faz parte da minha vida!
Bem... minha opinião, espero que alguém leia tudo isso oO
Beijos!



Última edição por Chairim em Ter Jan 10 2012, 17:27, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Pedro La Ruína Ter Jan 10 2012, 16:57

O que você falou Chairim não cabe somente a desenhistas, a roteiristas também, conheço muitos que escrevem tendo como base apenas o gênero que gosta e mídia que gosta. No final do ano passado vi na Quadrinize o "O Manifesto Comics Livre". Para quem não leu: <<< Peço perdão ao editar este post, mas no link aqui anteriormente citado há um vírus (JS/Trojan.Downloader.AgenteGMF.Cavalo de Tróia) >>> NekoYo.
Ainda estou ponderando sobre o manifesto.
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Mensagem por moonlance Qua Fev 29 2012, 12:18

Li todo o tópico (que é de Janeiro); porém, tenho um questionamento:

Se com a revolução da Internet hoje um autor ganhou a liberdade de difundir a sua obra virtualmente para o mundo inteiro (coisa que só as grandes mídias tradicionais detinham o poder no passado), o que mais um autor poderia desejar na vida e que tivesse tanta relevância artística quanto esse "simples" fato?
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Mensagem por FredSpekman Qua Fev 29 2012, 19:55

moonlance escreveu:Li todo o tópico (que é de Janeiro); porém, tenho um questionamento:

Se com a revolução da Internet hoje um autor ganhou a liberdade de difundir a sua obra virtualmente para o mundo inteiro (coisa que só as grandes mídias tradicionais detinham o poder no passado), o que mais um autor poderia desejar na vida e que tivesse tanta relevância artística quanto esse "simples" fato?
Acho que posso responder a sua pergunta, Moonlance. DINHEIRO!
O cara pode ter mil idéias na cabeça, desenhar mil coisas e querer postar centenas de coisas na internet, mas se ele não tiver grana para pagar a conta de luz, do modem e de do rango ele nunca vai se sentir realizado.
O ofício de desenhista, escritor ou quadrinista é complicado. Quem faz quadrinhos, por exemplo, sabe que você gasta em média de três a cinco horas para fazer uma página. Se você trabalha fora para pagar suas contas você trabalha 8 horas por dia mais uma hora de almoço. Você perde ainda mais uma hora e meia para ir e outra para voltar do trabalho devido a engarrafamentos (tô falando isso porque moro no Rio e sei como é ruim o deslocamento por aqui). Só aí são 12 horas. Você ainda tem que fazer a própria comida, se alimentar, tomar banho etc. pode colocar mais uma hora e meia a duas horas aí. No final das contas o que te sobra para produzir, de verdade (isso para quem não faz cursos ou estuda por fora) é umas três horas, se muito. Ou seja, como você gasta de três a cinco horas para fazer uma página, no momento que você está no maior pique você tem que parar porque as 24 horas já passaram. Daí vem a frustração porque o dia acabou e você não produziu até o ponto que queria.
Por isso que eu digo que o verdadeiro sonho de quem escreve, desenha ou quer publicar é simplesmente ter condições de fazer isso podendo pagar suas contas. Seja publicando da forma que for, internet, impresso, via rádio, qualquer coisa.
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Mensagem por moonlance Qua Fev 29 2012, 21:42

FredSpekman escreveu:Acho que posso responder a sua pergunta, Moonlance. DINHEIRO!
O cara pode ter mil idéias na cabeça, desenhar mil coisas e querer postar centenas de coisas na internet, mas se ele não tiver grana para pagar a conta de luz, do modem e de do rango ele nunca vai se sentir realizado.
O ofício de desenhista, escritor ou quadrinista é complicado. Quem faz quadrinhos, por exemplo, sabe que você gasta em média de três a cinco horas para fazer uma página. Se você trabalha fora para pagar suas contas você trabalha 8 horas por dia mais uma hora de almoço. Você perde ainda mais uma hora e meia para ir e outra para voltar do trabalho devido a engarrafamentos (tô falando isso porque moro no Rio e sei como é ruim o deslocamento por aqui). Só aí são 12 horas. Você ainda tem que fazer a própria comida, se alimentar, tomar banho etc. pode colocar mais uma hora e meia a duas horas aí. No final das contas o que te sobra para produzir, de verdade (isso para quem não faz cursos ou estuda por fora) é umas três horas, se muito. Ou seja, como você gasta de três a cinco horas para fazer uma página, no momento que você está no maior pique você tem que parar porque as 24 horas já passaram. Daí vem a frustração porque o dia acabou e você não produziu até o ponto que queria.
Por isso que eu digo que o verdadeiro sonho de quem escreve, desenha ou quer publicar é simplesmente ter condições de fazer isso podendo pagar suas contas. Seja publicando da forma que for, internet, impresso, via rádio, qualquer coisa.


FredSpekman,

Não nego que seria ideal um autor subsistir economicamente apenas de sua própria criação autoral.
Mas parece que não é assim que acontece na grande maioria dos casos.


Mas tem um outro lado da história:
Quero lembrar que grandes autores de obras de espírito,
como Machado de Assis, e o próprio J.J.R. Tolkien (entre tantos nomes...),
tinham profissões paralelas à atividade de escritor, e que a priori tais profissões é que garantiam a subsistência econômica desses autores, e não as suas obras. O Machado era servidor público, enquanto o Tolkien era professor universitário.

Ou seja, quando o assunto é a profundidade e espiritualidade da obra,
não importa como você ganha dinheiro: se através de sua criação autoral ou não.
Importa o que você faz com o tempo que você tem para fazer sua obra (mesmo que seja reduzido).

Claro, não vou ocultar que importa também que tipo de projeto quer-se realizar.
Pois, se é absurdamente desafiante fazer uma saga, então por que não tentar uma "micro-saga"?
Daí, não apenas torna-se possível descartar a necessidade de ir atrás do mercado, como também torna-se desnecessário que o dia tenha 48 horas! E tem o final de semana também, vale ressaltar.
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Mercado, e os Autores no Brasil Empty Re: Mercado, e os Autores no Brasil

Mensagem por FredSpekman Qui Mar 01 2012, 07:55

moonlance escreveu:
Não nego que seria ideal um autor subsistir economicamente apenas de sua própria criação autoral.
Mas parece que não é assim que acontece na grande maioria dos casos.

Mas tem um outro lado da história:
Quero lembrar que grandes autores de obras de espírito,
como Machado de Assis, e o próprio J.J.R. Tolkien (entre tantos nomes...),
tinham profissões paralelas à atividade de escritor, e que a priori tais profissões é que garantiam a subsistência econômica desses autores, e não as suas obras. O Machado era servidor público, enquanto o Tolkien era professor universitário.

Ou seja, quando o assunto é a profundidade e espiritualidade da obra,
não importa como você ganha dinheiro: se através de sua criação autoral ou não.
Importa o que você faz com o tempo que você tem para fazer sua obra (mesmo que seja reduzido).

Claro, não vou ocultar que importa também que tipo de projeto quer-se realizar.
Pois, se é absurdamente desafiante fazer uma saga, então por que não tentar uma "micro-saga"?
Daí, não apenas torna-se possível descartar a necessidade de ir atrás do mercado, como também torna-se desnecessário que o dia tenha 48 horas! E tem o final de semana também, vale ressaltar.
Moon, os seus dados estão corretos, eu até colocaria nesta lista sua junto com Machado de Assis e Tolkien outros famosos escritores que não tiveram sequer esta sorte de serem reconhecidos em vida, como Franz Kafka e Charles Baudelaire. Entretanto sua pergunta foi "O que mais um autor poderia desejar na vida e que tivesse tanta relevância artística quanto esse "simples" fato?". Eu tenho certeza que tanto Machado de Assis, quanto Tolkien ou qualquer outro produziria muito mais se fossem remunerados como autores. A verdade é que todos nós consumimos arte e literatura, mas poucos tem condições de pagar por ela, tanto é verdade que a internet é cheia de filmes piratas, ares e mozillas para músicas e scans de livros e quadrinhos. O criador não ganha dinheiro nenhum com isso. E não podemos também criticar porque queremos ouvir aquela música ou ler aquele quadrinho que só sai no japão e não chega aqui por causa de contrato... É difícil. Num mundo ideal, seria sim o sonho de todos poder trabalhar criando e distribuindo suas criações e ser remunerado por isso. Ou vai me dizer que você não gostaria de ganhar na megasena e poder viver o resto da vida podendo produzir aquilo que gosta? Wink Todo mundo gostaria. Mas no mundo real, é como você mesmo citou, quem quer fazer tem que tirar dia a dia leite de pedra.
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Mercado, e os Autores no Brasil Empty Re: Mercado, e os Autores no Brasil

Mensagem por Zinid Qui Mar 01 2012, 08:41

moonlance escreveu:Li todo o tópico (que é de Janeiro); porém, tenho um questionamento:

Se com a revolução da Internet hoje um autor ganhou a liberdade de difundir a sua obra virtualmente para o mundo inteiro (coisa que só as grandes mídias tradicionais detinham o poder no passado), o que mais um autor poderia desejar na vida e que tivesse tanta relevância artística quanto esse "simples" fato?

Apesar da possibilidade de se expor a obra na internet, isso por si só não é capaz de gerar a difusão da obra pelo mundo, já que para se conseguir isso seria necessário vencer outras barreiras, como linguísticas, culturais, sócio econômicas além da própria natureza fragmentada da audiência na web, entre outras que surjam, Por isso autores que forem capazes de acumular competências como as já citadas em meus posts anteriores a meu ver teriam vantagens nesse "mercado on-line".

Bem, mas respondendo a pergunta, a meu ver a coisa de maior relevância artística que um autor poderia desejar não é dinheiro mas sim Reconhecimento de sua obra por parte do grande publico, o que consequentemente poderia trazer a esse autor vantagens econômicas, claro, são poucos os que conseguem tal reconhecimento, para os outros resta tentar se manter no mercado muitas vezes focando em grupos específicos de pessoas como leitores em potencial.
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Mercado, e os Autores no Brasil Empty Re: Mercado, e os Autores no Brasil

Mensagem por moonlance Qui Mar 01 2012, 13:39

FredSpekman,

Obrigado por citar mais exemplos de situação de escritores; vou conferir.

Bem, de modo geral, eu concordo com você sobre o que um autor desses poderia realizar a mais e com igual ou melhor qualidade, se tivesse todo o tempo disponível dedicado a sua obra. Só teria eu algumas ressalvas sobre isso (que MAIS = MELHOR), mas essencialmente acho que você tem razão nesse aspecto; porque acredito que a arte de espírito não é algo que se construa sob pressão externa; mas sobretudo por pressão interna implacável da mente do indivíduo.

No caso da pirataria na Internet, eu sou definitivamente a favor dela,
porque ela representa uma visão do futuro. Mas os profissionais artistas e autores estão efetivamente vivendo um delicado momento de contradição (ou então, é agora graças à Internet que essa contradição já existente foi claramente exposta em cima da mesa), em função da maldita propriedade intelectual, mais uma obra do capitalismo, que é selvagem, e que nada tem a ver com Arte.

Hoje, centenas de milhares de indivíduos já divulgam entretenimento gratuito de todos os níveis qualidade na Internet SIMPLESMENTE porque gostam e tem a capacidade de fazer isso, e isso sem necessariamente a expectativa faminta de ter uma legião de fãs e também sem pedir nada em troca (alguns sugerem que se faça doações, mas fica só por isso; e provavelmente não vão deixar de produzir e divulgar gratuitamente se nada receberem e se não tiverem seguidores). Para mim, esses são os autores do futuro.
E eu acho que é nisso que os autores de hoje devem investir o seu tempo criativo na confecção de suas obras, e não em perder tempo disputando a tapas migalhas de espaço e de dinheiro no tradicional, desleal e geralmente corruptor (de obras), o mercado das indústrias culturais; ou mercado cultural, de modo mais amplo.

----------

Zinid escreveu:Apesar da possibilidade de se expor a obra na internet, isso por si só não é capaz de gerar a difusão da obra pelo mundo, já que para se conseguir isso seria necessário vencer outras barreiras, como linguísticas, culturais, sócio econômicas além da própria natureza fragmentada da audiência na web, entre outras que surjam, Por isso autores que forem capazes de acumular competências como as já citadas em meus posts anteriores a meu ver teriam vantagens nesse "mercado on-line".

Bem, mas respondendo a pergunta, a meu ver a coisa de maior relevância artística que um autor poderia desejar não é dinheiro mas sim Reconhecimento de sua obra por parte do grande publico, o que consequentemente poderia trazer a esse autor vantagens econômicas, claro, são poucos os que conseguem tal reconhecimento, para os outros resta tentar se manter no mercado muitas vezes focando em grupos específicos de pessoas como leitores em potencial.

Zinid,
Mas aí estamos levantando questões diferentes.
Porque você está visualizando o universo da Internet como um "mercado-online" (é uma realidade, sim).
Enquanto eu estou visualizando como a possibilidade justamente de AUSÊNCIA de mercados (e isso é a OUTRA realidade da Internet, que só ela exclusivamente é capaz de promover hoje em dia).

Acontece que no momento em que você objetiva o uso da Internet especialmente como um mercado-online,
você acaba se comportando fatalmente como um empresário pão-duro, o qual só vai investir em sua própria arte CASO isso pudesse lhe dar algo em troca (dinheiro, fama, prestígio...). Mas um autor NÃO precisa disso como incentivo para realizar sua obra; ele realiza-as indiferentemente de cobiça (busca por dinheiro) e da vaidade (busca por reconhecimento). Um autor não precisa ser tornar escravo desses terríveis pecados capitais, que na verdade não têm NADA A VER com a própria questão da autoria mais profunda. Reflita, e reflitam.

----------

A essa altura do campeonato, eu já posso evocar o pensamento inacabado do suposto falecido BK.

Ele exaltava algo assim: "O autor deve realizar sua obra indiferentemente de qualquer tipo de retorno externo! Deve realizar suas obras porque ele ama criar e desenvolver suas próprias crias. O resto é consequência."

Penso que é um pensamento inacabado porque ele morreu em contradição: enquanto ele realizava sua obra com certa dose de amor que é como ele profetizava que deveria ser feito, ao mesmo tempo, ele queria mesmo era vender um produto e que esse produto fosse consumido por um público-alvo; tanto é que se submeteu a inúmeras restrições do mercado para ter o seu produto comercial disponível até onde entendo. Mas ele poderia ter publicado tudo aquilo gratuitamente na Internet, sem desejar NADA em troca. Mas não: ele preferiu ser ganancioso e vaidoso, contradizendo a própria essência do que ele mesmo defendia ou dizia defender; foi uma morte sintomática. Assim, morre um indivíduo que parou no século XX.


Última edição por Zinid em Qui Mar 01 2012, 16:55, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Fundir Posts -> Postagem Tripla)
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Mercado, e os Autores no Brasil Empty Re: Mercado, e os Autores no Brasil

Mensagem por Zinid Qui Mar 01 2012, 16:49

moonlance escreveu:
Zinid,
Mas aí estamos levantando questões diferentes.
Porque você está visualizando o universo da Internet como um "mercado-online" (é uma realidade, sim).
Enquanto eu estou visualizando como a possibilidade justamente de AUSÊNCIA de mercados (e isso é a OUTRA realidade da Internet, que só ela exclusivamente é capaz de promover hoje em dia).
No entanto independente de se ver como um mercado ou não, nos mantemos presos as mesmas barreiras quanto da difusão da obra


Acontece que no momento em que você objetiva o uso da Internet especialmente como um mercado-online,
você acaba se comportando fatalmente como um empresário pão-duro, o qual só vai investir em sua própria arte CASO isso pudesse lhe dar algo em troca (dinheiro, fama, prestígio...). Mas um autor NÃO precisa disso como incentivo para realizar sua obra; ele realiza-as indiferentemente de cobiça (busca por dinheiro) e da vaidade (busca por reconhecimento). Um autor não precisa ser tornar escravo desses terríveis pecados capitais, que na verdade não têm NADA A VER com a própria questão da autoria mais profunda. Reflita, e reflitam.

Eu não vejo problema algum em esperar algo em troca, assim como não ignoro a possibilidade de se criar algo autoral com completo e total desprendimento, a meu ver ignorar ou negar estas possibilidades seriam hipocrisia de minha parte, cabe a cada um escolher qual a que melhor se encaixa com sigo mesmo.

Quanto a obra, chegamos a um ponto, realizar uma obra é diferente de difundi-lá, difusão esta que era o objeto de sua pergunta inicial, qualquer pessoa pode criar algo por qualquer motivo sem almejar nada em troca, mas se ela não almeja nada, porque tenta difundi-lá?, no momento que esta mesma pessoa passa a objetivar a difusão da mesma ela está conscientemente (ou inconscientemente) almejando algo, ou seja, no momento em que uma obra vem a publico ela passa a fazer parte do "mesmo balaio" em que todos estão na mesma infindável busca seja por dinheiro, fama, prestígio ou apenas uma coçada de ego e um tapinha nas costas.

moonlance escreveu:A essa altura do campeonato, eu já posso evocar o pensamento inacabado do suposto falecido BK.

Ele exaltava algo assim: "O autor deve realizar sua obra indiferentemente de qualquer tipo de retorno externo! Deve realizar suas obras porque ele ama criar e desenvolver suas próprias crias. O resto é consequência."

Penso que é um pensamento inacabado porque ele morreu em contradição: enquanto ele realizava sua obra com certa dose de amor que é como ele profetizava que deveria ser feito, ao mesmo tempo, ele queria mesmo era vender um produto e que esse produto fosse consumido por um público-alvo; tanto é que se submeteu a inúmeras restrições do mercado para ter o seu produto comercial disponível até onde entendo. Mas ele poderia ter publicado tudo aquilo gratuitamente na Internet, sem desejar NADA em troca. Mas não: ele preferiu ser ganancioso e vaidoso, contradizendo a própria essência do que ele mesmo defendia ou dizia defender; foi uma morte sintomática. Assim, morre um indivíduo que parou no século XX.

A meu ver o BK sempre defendeu a criação de produtos de mídia, sendo todo o desenvolvimento posterior baseado no mercado, o próprio pensamento de que "...O resto é consequência...", por si só mostra a espera de que aquilo gere algum retorno.
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Mensagem por moonlance Qui Mar 01 2012, 17:58

Zinid escreveu:No entanto independente de se ver como um mercado ou não, nos mantemos presos as mesmas barreiras quanto da difusão da obra

Essas barreiras não são graves, Zinid.
Quer dizer, não para aquele que eu denomino de "autor do futuro".
O autor do futuro produz uma idéia, uma obra, uma descoberta, e a publica na Internet.
Geralmente, isso acaba sendo naturalmente acompanhado de algum tipo de divulgação, mas o mais importante é que o material esteja compartilhado publicamente (no contexto da Internet).
Se ninguém ou só familiares e amigos acessarem, Ok.
Se milhares ou milhões de desconhecidos acessarem, Ótimo; mas não é uma necessidade. Não precisa ganhar o Prêmio Nobel da Paz.

Zinid escreveu:Quanto a obra, chegamos a um ponto, realizar uma obra é diferente de difundi-lá, difusão esta que era o objeto de sua pergunta inicial, qualquer pessoa pode criar algo por qualquer motivo sem almejar nada em troca, mas se ela não almeja nada, porque tenta difundi-lá?
Para compartilhar idéias com as outras pessoas.

É uma visão fundamentalmente diferente.

Você nunca foi numa grande biblioteca pública de qualidade? Possivelmente não, porque no Brasil isso não faz muito parte de nossa cultura infelizmente. Mas enfim; numa biblioteca assim, não importa se de repente você tem um livro quadrinho lá e ele é lido por 1 milhão de pessoas ou por nenhuma. O importante é o simples fato de ele estar lá acessível a todos, é patrimônio público. E assim é a Internet: é uma grande biblioteca e mediateca pública global! (claro que tem uma parte privada também, mas o que me interessa é a parte pública), com ainda outros diferenciais: não faz seleção de conteúdo autoral, e além disso, o espaço de arquivamento é, virtualmente, ilimitado; e tudo isso, claro, a custo 0. Na verdade, comparado à realidade do mundo há 10 ou 20 anos atrás e anteriormente também, não há do que reclamar.

A questão da publicação e do compartilhamento global, deixou de ser um problema graças à Internet.
Já, a questão da divulgação (que você parece ter se debruçado bastante sobre o assunto) é um outro problema e não tem nada a ver com a publicação como já sabemos; porém, o problema da divulgação só é um problema significativo pra quem quer a todo custo, por qualquer razão que seja, atingir um grande público. Eu pessoalmente não vejo isso como um problema (ou talvez tenha deixado de ver isso como um problema).



Sobre o BK, concordo com sua afirmação.
Mas aquela frase final evocada: "o resto é consequência", dentro do contexto todo, pra mim não deixa de ser ambígua. Justamente, acho que tem a ver diretamente com a contradição dele que indiquei.

Aliás, nós estamos MESMO lidando com uma questão contraditória (não sei se é totalmente natural) em autores.
o desejo de realizar uma obra autoral X o desejo de que sua obra seja fruída
Com certeza, eu mesmo tenho desejo de que meu trabalho seja fruído.
Mas... esse desejo não pode ser grande ao ponto de me causar problemas, de me criar barreiras ou restrições. Em outras palavras, não vou deixar de produzir o que eu gosto porque ninguém mais gosta ou porque ninguém frui minhas obras, APESAR de serem compartilhadas publicamente.
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Mercado, e os Autores no Brasil Empty Re: Mercado, e os Autores no Brasil

Mensagem por Zinid Qui Mar 01 2012, 20:27

moonlance escreveu:
Zinid escreveu:No entanto independente de se ver como um mercado ou não, nos mantemos presos as mesmas barreiras quanto da difusão da obra

Essas barreiras não são graves, Zinid.
Quer dizer, não para aquele que eu denomino de "autor do futuro".
O autor do futuro produz uma idéia, uma obra, uma descoberta, e a publica na Internet.
Geralmente, isso acaba sendo naturalmente acompanhado de algum tipo de divulgação, mas o mais importante é que o material esteja compartilhado publicamente (no contexto da Internet).
Se ninguém ou só familiares e amigos acessarem, Ok.
Se milhares ou milhões de desconhecidos acessarem, Ótimo; mas não é uma necessidade. Não precisa ganhar o Prêmio Nobel da Paz.

Certo, concordo que para aquele autor que simplesmente quer mostrar seu trabalho não haja essa necessidade.


Zinid escreveu:Quanto a obra, chegamos a um ponto, realizar uma obra é diferente de difundi-lá, difusão esta que era o objeto de sua pergunta inicial, qualquer pessoa pode criar algo por qualquer motivo sem almejar nada em troca, mas se ela não almeja nada, porque tenta difundi-lá?
Para compartilhar idéias com as outras pessoas.

Para mim isto é um objetivo (almejar algo). Essa troca de ideias é um resultado. Isso a meu ver já é o suficiente para esta obra "deixar de ser inocente" e ser colocada no mesmo barco das outras, note que basta ter o objetivo, alcança-lo ou não é irrelevante.


É uma visão fundamentalmente diferente.

Você nunca foi numa grande biblioteca pública de qualidade? Possivelmente não, porque no Brasil isso não faz muito parte de nossa cultura infelizmente.

Bem, realmente, as poucas vezes que fui a bibliotecas foi por que precisei, nunca foram ambientes que me agradassem.

Mas enfim; numa biblioteca assim, não importa se de repente você tem um livro quadrinho lá e ele é lido por 1 milhão de pessoas ou por nenhuma. O importante é o simples fato de ele estar lá acessível a todos, é patrimônio público. E assim é a Internet: é uma grande biblioteca e mediateca pública global! (claro que tem uma parte privada também, mas o que me interessa é a parte pública), com ainda outros diferenciais: não faz seleção de conteúdo autoral, e além disso, o espaço de arquivamento é, virtualmente, ilimitado; e tudo isso, claro, a custo 0. Na verdade, comparado à realidade do mundo há 10 ou 20 anos atrás e anteriormente também, não há do que reclamar.

Aqui eu discordo de você, bibliotecas tem politicas de descarte de livros, exceto por aqueles que possam ter algum valor histórico, geralmente os critérios adotados são estado de conservação, data de publicação da obra, relevância, e perfil do publico da biblioteca, e da mesma forma funciona a web, com a diferença de que quem fará essa seleção de conteúdo é o próprio publico, sendo aqueles de menor relevância deixados de lado, sendo esquecidos aos poucos, muitos deles chegando ao ponto de desaparecer completamente.
A questão do custo tb é relativa já que o fato de você não estar pagando não significa que alguém não esteja pagando por aquilo.


A questão da publicação e do compartilhamento global, deixou de ser um problema graças à Internet.
Já, a questão da divulgação (que você parece ter se debruçado bastante sobre o assunto) é um outro problema e não tem nada a ver com a publicação como já sabemos; porém, o problema da divulgação só é um problema significativo pra quem quer a todo custo, por qualquer razão que seja, atingir um grande público. Eu pessoalmente não vejo isso como um problema (ou talvez tenha deixado de ver isso como um problema).

Sim, me foco nisso pois considero a questão da divulgação de extrema importância, sendo essa necessidade de propagação da obra como uma parte da própria obra, estando diretamente ligada ao tempo de vida da mesma, o próprio compartilhamento só se dará se "as pessoas do outro lado" souberem da existência.
O que eu considero por divulgação seria o autor continuar trabalhando em prol das próprias obras mesmo depois de concluídas, expondo-as a potenciais leitores através dos métodos que tiver disponíveis para tal, em busca de leitores tanto para obras já concluídas quanto futuras.



Sobre o BK, concordo com sua afirmação.
Mas aquela frase final evocada: "o resto é consequência", dentro do contexto todo, pra mim não deixa de ser ambígua. Justamente, acho que tem a ver diretamente com a contradição dele que indiquei.

Aliás, nós estamos MESMO lidando com uma questão contraditória (não sei se é totalmente natural) em autores.
o desejo de realizar uma obra autoral X o desejo de que sua obra seja fruída
Com certeza, eu mesmo tenho desejo de que meu trabalho seja fruído.
Mas... esse desejo não pode ser grande ao ponto de me causar problemas, de me criar barreiras ou restrições. Em outras palavras, não vou deixar de produzir o que eu gosto porque ninguém mais gosta ou porque ninguém frui minhas obras, APESAR de serem compartilhadas publicamente.

Creio que ambos podem andar lado a lado, mas para isso o autor teria de estar disposto a conhecer aquele publico que poderia estar potencialmente interessado em suas obras, mas deixemos isso de lado, senão faremos um loop retornando ao inicio com toda esta questão de divulgação, compartilhamento e tal.
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Mensagem por moonlance Qui Mar 01 2012, 21:11

Zinid, de seu último post,
eu só discordo quando você falou sobre a Internet:

de que existe uma "seleção por parte do público".
A seleção é algo que exclui.
A Internet não exclui nada (de modo geral).

Então, talvez, o que você queira dizer precisamente,
é que um determinado comportamento "onda" de usuários na Web é que acaba gerando mais "popularidade" para um determinado site e, então, esse site, mais acessado e/ou mais citado, acaba se tornando mais fácil de ser encontrado através de determinados sistemas de busca.
Só que isso, diferentemente do que você disse, não é uma seleção propriamente.
É, no máximo, um "favorecimento" não exclusivo. Mas os "jogadores" todos continuam em campo, pra quem quiser pesquisar coisas mais específicas.

No caso do Google, eu sei de um exemplo: a "popularidade" de um site depende da quantidade de links, espalhados por toda a rede, que o referenciam. Então, se um site é muito citado na Web, ele tem prioridade no sistema de buscas do Google. Mas isso não exclui os outros sites menos citados de uma dada busca. E se por acaso você resolver enriquecer sua pesquisa com palavras-chaves mais específicas, às vezes sem precisar contar com a sorte, você tem boas chances de acabar se deparando de cara, em primeiro lugar na lista de sites encontrados pelo Google, com um site muito bom mas praticamente não referenciado, talvez quase abandonado. Mas ele está lá! não foi excluído do sistema de buscas. E as regras de pesquisa podem ser bastante diferentes para outros sites na Internet; Youtube, Deviant Art... mas geralmente não existe seleção.
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