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The Non-Fairy Tale

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Mensagem por Nat-Bear Sáb maio 19 2012, 23:12

Só repostando aqui o que já postei no outro fórum.

Capitulo 1: O estrangeiro

Parte 1: O Ataque dos Lobos

O vento gelado e ríspido soprava ferozmente pelas planícies esbranquiçadas por espessas camadas de neve. Uma carruagem danificada movia-se lentamente na mesma direção do vento. Três homens tentavam manter dois pobres cavalos seguindo a estrada já consumida pelo branco do resto da paisagem, enquanto lutavam para protegerem a si mesmos do frio que arranhava seus rostos como milhares de pequenas lâminas invisíveis.

Ao iniciar a jornada, a comitiva contava com sete soldados e quatro cavalos, no entanto, há poucas horas atrás, haviam sido vitimas de um ataque impiedoso de saqueadores inescrupulosos, que certamente já estavam esperando especificadamente por eles em tocaia. Quatro homens haviam perdido suas vidas na tentativa desesperada de proteger a carga que transportavam em sigilo.

Apesar da lastimável perda, eles haviam conseguido salvar aquilo que estavam transportando para seu rei, embora os homens que sobraram estavam feridos e cansados.

Sabiam que não poderiam parar para descansar, pois a temperatura naquele trecho era tão baixa que provavelmente apenas pioraria suas condições.

Um uivo pôde ser ouvido de algum lugar mais próximo do que gostariam que fosse. Um segundo uivo foi escutado. E outro. E mais outro.
Eles estavam cercados.

- - -

A condição do clima, a neblina causada pelo forte vento soprando os flocos de neve e fazendo-a viajar no ar e em direção do rosto, certamente impedia que um viajante enxergasse qualquer coisa à sua frente. Por que alguém viajaria em tais condições?

Havia um homem que se atrevia a andar por aquelas terras congeladas e inóspitas sozinho. Um estrangeiro, de cabelos louro-escuros que estavam quase que completamente cobertos por um manto de um vermelho desbotado que encontrava-se enrolado em todo seu rosto, deixando apenas seus peculiares olhos e algumas mechas do cabelo expostas ao castigo da neve.

O vento estava uivando incessantemente, mas não era só ele.

Havia uma matilha de lobos próxima. Lobos famintos a espera de qualquer ser vivo que pudesse lhes servir de refeição.

O misterioso estrangeiro se adiantou e aumentou sua velocidade, indo mais para a direção leste, a matilha provavelmente estava vindo pelo oeste. Ao seguir por este caminho ele pode ouvir o som do relinchar de um cavalo. Não estava sozinho. O som estava em frente, não muito distante, e mais para o lado oeste, justamente a direção dos animais...

O misterioso homem seguiu os sons do cavalo e encontrou em seu caminho uma carruagem em mau estado sendo puxada por dois cavalos cansados e logo em frente havia três homens que vestiam armaduras metálicas e mantos de pele de animal. Empunhavam espadas em suas mãos. Estavam esperando os lobos, mas era perceptível que não faziam ideia alguma da direção em que viriam. Tentavam prestar atenção em todos os lados, entretanto nem haviam sido capazes de notar a presença do estranho logo atrás da carruagem. Se aproximando cada vez mais.

- - -

Os três bravos soldados estavam apavorados com a situação, não enxergavam muito além da extensão de seus braços. Não seriam capazes de ouvir a aproximação dos animais, o sopro do vento era muito forte e os uivos dos animais já tinham sessado.

Os lobos tinham seguido por outra direção? Ou estavam os cercando, apenas esperando o momento mais oportuno para pularem sobre suas vitimas.

Algo se moveu à esquerda. Tinha a altura de um lobo. Com certeza era um. Os homens se viraram na direção do vulto oculto pela nevasca e não viram um outro lobo pulando na direção de suas costas.

Quando dois dos homens viraram para o lobo que atacava, já era tarde demais, ele estava em pleno ar, com as garras e presas na mira do pescoço do cavaleiro entre os outros dois. Então algo aconteceu. O animal pareceu perder a velocidade em pleno ar e ter a trajetória mudada, tendo o peso do próprio corpo jogado para sua esquerda e caindo no chão. No momento em que os homens deram-se conta do que havia acontecido, enxergaram uma flecha atravessada no crânio do canídeo.

Alguém teve a perícia suficiente para enterrar uma flecha na cabeça do animal em movimento mesmo com todo aquele vento!

Mas não havia tempo para sequer raciocinar algo sobre o ocorrido, os demais lobos perceberam que seu companheiro havia sido abatido e foram ao ataque. O soldado mais alto conseguiu acertar o pescoço do lobo que estava mais a frente, mas logo ao lado vinha um segundo. No próximo instante, tudo o que aquele homem conseguiu ver foi algo de um vermelho desbotado atravessar a sua frente e interceptar o animal. Uma lâmina brilhante atravessou o ar e a cabeça de um lobo desprendeu-se do corpo e foi jogada para longe.

Um sujeito que jamais haviam visto antes estava não só os ajudando, mas também os protegendo. Quem ele era? Por que estava se arriscando para ajudá-los?

Um a um os animais foram vencidos. O homem com o manto vermelho desbotado havia dado conta da maior parte deles sozinho, os soldados, juntos, se livraram de apenas um terço da matilha. Eles nem conseguiam acreditar que saíram ilesos daquela situação. E era tudo graças ao sujeito que tinha surgido do nada... Um homem que era muito mais habilidoso do que os cavaleiros que juravam proteger o rei.

- Senhor. – aproximou-se o soldado mais velho dentre o trio – Somos muito gratos por ter nos ajudado nesta situação. Estamos feridos e cansados, e o senhor nos salvou, devemos-lhes nossas vidas.

O misterioso forasteiro virou-se para ele, seu olhar era inexpressivo, vazio... Mas não foi isso que alarmou os cavaleiros, mas sim seus olhos peculiares, cada qual de uma cor diferente.

Apesar da dificuldade de se enxergar direito sob toda aquela neve e vento, os dois olhos eram diferentes demais para passarem despercebidos. O olho esquerdo era claro, parecia ser um tom esverdeado, porém o outro... Poderia aquilo ser natural?

O olho direito era de um vermelho vivo e assustador.

O estrangeiro curvou-se para os soldados, em um gesto de submissão. Não sabiam o que tinha de errado com aquele homem, porém sabiam que ele havia os salvado e que se fosse alguém atrás da carga que estavam levando para o rei, teria os deixado tornarem-se a refeição daqueles animais famintos.


Continua...

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Mensagem por Midori Dom maio 20 2012, 07:55

Eu preciso começar a ler as coisas, porque senão não vou dar conta de tudo u_u... vamos ver se semana que vem eu dou um turbo nisso XD!

Mas você sabe que eu leio, demoro, mas leio XD
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Mensagem por Creat n13 Dom maio 20 2012, 11:24

Ohhhh! kk
Acabei de ler. Achei bem interessante colocar a ação para funcionar desde o inicio. E o carinha de um dos olhos vermelhos deixou uma curiosidade para o proximo capitulo, ou parte 2. Só achei algumas palavras repetidas demais como de quando fala da carruagem desgastada, cavalos cansados e da falta de visibilidade por causa da neve. Você poderia colocar palavras diferentes para descrever isso ou simplesmente escolher em que parte estará colocando e em qual não irá.
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Mensagem por Nat-Bear Dom maio 20 2012, 14:34

Vou dar uma olhada nessas repetições depois, mas algumas foram intencionais mesmo (pq era para cer mais ou menos dois pontos de vista.... tanto faz, ainda precisa de algumas revisões a mais mesmo xp.

A história é meio louca, pode ser que não costume ser tãooo interessante assim na medida que avance (e eu não sei fazer one shots DDDD:).

Aqui a última parte que escrevi (e que está sem revisão nenhuma, então com certeza está uma porcaria LOL.



Parte 2: O Rei Tolo

Havia um reino famoso na direção nordeste, que poderia ser visitado quando se rumava por cinco dias de caminhada, pela estrada à esquerda quando se saia do coração do continente. Sempterot é uma antiga cidade que está praticamente aos pés da cadeia de montanhas conhecida pelo nome de Karigott, lar dos grandes dragões de gelo, criaturas míticas que são avistadas por humanos muito raramente.

O reino de Sempterot é governado por um rei chamado Lucius, secretamente conhecido pelo povo como “O rei tolo”. Os rumores sobre o homem que governava aquela grande cidade, assim como toda a região nordeste e parte da norte, eram muitos, dos mais diversos tipos. Entretanto havia um que parecia se destacar mais, ou pelo menos era aquele em que as pessoas mais acreditavam. Lucius era chamado de rei tolo porque diziam que ele era apenas uma espécie de fantoche nas mãos de seus conselheiros, eles eram os responsáveis pelas ordens, enquanto o suposto rei apenas ouvia e seguia o que eles tinham a dizer. Ele não era um homem inteligente, nem era um guerreiro, não tinha sabedoria... Ou pelo menos era aquilo que quem se deixasse levar pelos rumores iria acreditar.

O quanto dos rumores era verdade e o quanto era apenas uma invenção para que as pessoas pudessem fofocar e falar mal sobre seu soberano?
- - -
- Então estão me dizendo que foi isso o que aconteceu?
- Sim, vossa majestade. - o soldado mais velho estava ajoelhado em frente ao rei, logo atrás deles estavam seus dois companheiros que repetiam a mesma posição – Aquele guerreiro nos ajudou a trazer o baú em segurança até o castelo.
- Aproxime-se, bravo guerreiro. – disse o rei, um homem de meia idade, baixo e barrigudo, enquanto alisava a barba escura e se ajeitava em seu peculiar trono de cristal.

O forasteiro seguiu em linha reta, atravessando o salão do trono, um local grande, cheio de homens vestindo armaduras desgastadas que uniam metal com couro de animal, além de várias outras pessoas, alguns bem vestidos, outros nem tanto. Ao chegar a frente dos degraus que separavam a realeza –e seus servos - dos demais presentes na corte, ajoelhou-se como os três guerreiros haviam feito.

- Você deve ter vindo de algum país ao oeste, pelo seu cabelo e tom de pele... – apesar de estar intrigado com os olhos daquele homem, fingiu que nem havia as percebido, não queria chamar a atenção dos demais presentes na sala para aquela peculiaridade – Diga-me seu nome, guerreiro forasteiro.
- Vossa majestade,- o homem que havia falado antes tornou a se pronunciar – Nós já tentamos conversar com ele, mas não obtivemos respostas. Primeiro achamos que não entendia nossa língua, entretanto, algumas perguntas ele chegou a responder com gestos. Acreditamos que ele não seja capaz de falar. – o soldado mantinha o rosto na direção do chão, em sinal de respeito.
Podiam-se ouvir várias pessoas sussurrando e suas vozes incompreensíveis ecoando pelas grandes paredes do salão.
- Isso é péssimo... – exclamou o rei, com uma expressão pensativa em seu rosto pálido e rechonchudo – Precisamos de um nome pelo qual chamar este homem. – coçou a barba mais uma vez – Você! – apontou para um de seus conselheiros que estavam do lado esquerdo do salão – Dê um nome para o guerreiro!
- V-vossa majestade! – o homem idoso se pronunciou, espantado por ter sido apontado pelo rei – Bem... – seu rosto enrugado demonstrava o quanto ele estava nervoso, todos olhavam em sua direção com expectativa – V-valo.
- Valo? – deu mais uma olhada no forasteiro – Não gostei muito, mas pode ser este nome mesmo. – pegou sua taça de vinho feita de prata, que estava sobre o braço do trono e deu um grande gole.

No instante seguinte o salão todo estava cheio de vozes ecoando pelas paredes novamente, pessoas discutiam infundavelmente sobre o nome que o rei tinha dado para o estranho forasteiro. Enquanto o próprio, recém-nomeado, Valo, continuava imóvel, cabisbaixo e ajoelhado diante do trono.

- O que está acontecendo aqui? – uma voz feminina com um tom amargo de comando fez com que o salão mergulhasse em silencio novamente, fazendo com que todos se calassem no mesmo instante.
- Estamos dando um nome para este homem! – exclamou o rei, parecendo entusiasmado com a situação.
Uma bela e muito bem vestida jovem aproximou-se do rei, lançando seus olhos azuis sobre o forasteiro.
- E quem é o homem? – perguntou impaciente.
- Acabei de nomeá-lo Valo. – o rei parecia muito orgulhoso de sua tarefa cumprida.
- Cabelos dourados...? – a jovem sussurrou para si mesma e então voltou ao tom de voz anterior – Por que está dando um nome a um forasteiro? – aproximou-se do rei Lucius.
- Ele não fala, então não temos como saber seu nome. – pousou a taça novamente sobre o braço do trono e percebeu que a jovem o encarava como se esperasse que ele desse alguma satisfação – Este guerreiro salvou e protegeu três de meus homens incumbidos de me trazerem certo baú.

A jovem cruzou os braços e sentou-se ao lado do trono, em uma cadeira prateada e coberta de ornamentos.

- Pelo que estes senhores me disseram, Valo deve ser um guerreiro muito habilidoso, seria uma aquisição excelente para a guarda-real... – levantou-se do trono e voltou a coçar a barba, enquanto olhava para o guerreiro que estava tão imóvel quanto uma estátua poderia estar.

Os conselheiros se entreolharam, perplexos com as decisões do rei.

- Absurdo! – disse a jovem em um tom agressivo de voz – Você não pode admitir para o exercito um forasteiro do qual não se sabe nada!
- Para mim, ele ter ajudado nossos homens já é o suficiente, minha filha.
- Basta! – Levantou-se – Todos vocês estão dispensados daqui! – comandou, mandando todos que estavam na sala embora.
-Eu sou o rei aqui! E minhas ordens são de que os conselheiros e o forasteiro permaneçam, o resto das pessoas pode se retirar agora. – olhou com desaprovação para sua filha.
- Perdoe-me, vossa majestade. – a jovem baixou a cabeça, mesmo relutante.

Enquanto isso as pessoas deixavam a sala do trono, comentando entre si todos os tipos de boatos que poderiam ter tirado como conclusão do que haviam presenciado.

- Por favor, levante-se, Valo. – disse o rei, calmamente.
E o forasteiro colocou-se de pé, seu cabelo louro-escuro caia sobre o rosto, quase escondendo seus olhos, mas a princesa pode perceber no mesmo instante que algo não estava certo.
- Pai! O que significa isto? – apontou para o rosto do estrangeiro, parecia ter ficado repentinamente nervosa.
- O que quer que eu lhe responda? Talvez os olhos dele sejam naturalmente assim... Talvez aquele olho tenha ficado daquela cor por ter sofrido um golpe... – fez o comentário ao perceber que o homem carregava uma cicatriz que atravessava seu olho em uma linha perfeitamente vertical.
- Isso não é natural! É um mau sinal. Pai! – estava visivelmente alterada com a situação, ainda mais quando percebeu que o forasteiro estava olhando fixamente para ela, com aquele seu olhar inerte.
- Acalme-se, Moira. – pediu o pai da jovem.
- Vamos perguntar sobre os olhos para o sábio. Ele deve confirmar o que eu temo. Este homem... – olhou-o com repugno para o estrangeiro, que se manteve exatamente como estava da última vez que a princesa havia o encarado.
- Está bem, Moira. Vamos olhar um pouco pelo seu lado da história. Vamos ver o sábio. – o rei dirigiu-se para o soldado que estava parado mais próximo e cochichou para ele – Enquanto estivermos na biblioteca tome conta deste forasteiro, não o deixe sair desta sala.
- Entendido, Vossa Majestade. – manteve-se no lugar em que estava, mas não ousou tirar os olhos de cima do forasteiro.

Logo em seguida o soberano daquela cidade seguiu sua filha por um corredor à direita da posição do trono e os dois logo desapareceram por uma porta situada no final do caminho.

Continua... (em algum momento).
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Mensagem por Creat n13 Dom maio 20 2012, 15:21

Mais um. ^^ Bem, em comparação a esse e o outro de cima eu gostei mais do de cima, o primeiro, pq teve mais ação e tals, mas esse também foi bom pra dizer um pouco de como é a sua estoria e apresentar alguns personagens, mas acho que merecemos saber um pouco mais. Então bora lá fazer a estória andar ein! =]
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Mensagem por Nat-Bear Dom maio 20 2012, 15:28

Creat n13 escreveu:Mais um. ^^ Bem, em comparação a esse e o outro de cima eu gostei mais do de cima, o primeiro, pq teve mais ação e tals, mas esse também foi bom pra dizer um pouco de como é a sua estoria e apresentar alguns personagens, mas acho que merecemos saber um pouco mais. Então bora lá fazer a estória andar ein! =]

Obrigada pelo comentário.
Eu não costumo fazer muita ação quando escrevo uma história, pra mim a ação tem que girar em torno da história e não a história em torno da ação, então sempre acaba ficando de menos. Outra coisa é que eu tenho um modo meio lento de desenvolver tramas e tal, quer dizer que as vezes pode demorar um pouco (ou muito) pra eu explicar o que está acontecendo. D:
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Mensagem por Midori Dom maio 20 2012, 20:42

Nat-Bear escreveu:Outra coisa é que eu tenho um modo meio lento de desenvolver tramas e tal, quer dizer que as vezes pode demorar um pouco (ou muito) pra eu explicar o que está acontecendo. D:

Isso é verdade LOL! *foge*
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Mensagem por JP Vilela Dom maio 20 2012, 21:50

Os personagens são bem legais. Um rei bobão, uma princesa abusada e um forasteiro misteriosos com um sharingan. xD

Esperando por mais. E olha só, tem dragõezinhos xD
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Mensagem por Nat-Bear Seg maio 21 2012, 08:48

Midori escreveu:
Nat-Bear escreveu:Outra coisa é que eu tenho um modo meio lento de desenvolver tramas e tal, quer dizer que as vezes pode demorar um pouco (ou muito) pra eu explicar o que está acontecendo. D:

Isso é verdade LOL! *foge*

Ahh... Eu preciso desenvolver o meio anteeesss!!! Ninguém me entendeeee!!!!!!!!

JP Vilela escreveu:Os personagens são bem legais. Um rei bobão, uma princesa abusada e um forasteiro misteriosos com um sharingan. xD

Esperando por mais. E olha só, tem dragõezinhos xD

Oh! Dragõezinhos!!!! Só não sei se vão aparecer, mas tem. XD
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Mensagem por Midori Seg maio 21 2012, 14:24

- Rei tolo é daquele da roupa invisível XD...
- Gostei da taça de prata! Ela é muito importante se você não quiser morrer envenenado!
- Eita princesa rebelde LOL!

Conclusão: Adorei xD! Você sabe que eu gosto das suas histórias ^^! E essa está bem mais simplificada do que mls ^^. Preciso aprender a fazer umas descrições nas falas como as suas u_u''... (Quando eu resolvo fazer uma história assim, tipo romance, as falas sempre ficam meio estranhas xD).

E eu quero entender porque raios o homem não fala D:

Queria que você continuasse a outra história que você estava fazendo também! LOL

De resto, eu não preciso falar mais nada: o seu português é ótimo, a forma que conduz a história também, só precisa tomar cuidado de vez em quando para a leitura não ficar muito cansativa. Mas esse segundo capítulo achei ótimo mesmo, não tenho reclamações xD.
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Mensagem por Nat-Bear Ter maio 22 2012, 22:41

Última parte do capitulo 1 (e mais ou menos sem muita importância, mas serve pra fechar o capitulo ué...).;

Parte 3: Pelo Livro

Sempterot era um reino repleto de história, superstições, crenças, e tudo mais que um grande reino poderia abrigar. O local fora governado por várias gerações pela mesma família, os Kaalerylls. O rei regente, Gulpert Lucius Kaaleryll VIII, sucedeu seu pai, Allorio Lucius Kaaleryll VII, um rei do qual o povo preferia esquecer que havia existido, mas que foi um dos principais responsáveis por aumentarem exageradamente o conteúdo - documentos, pergaminhos, livretos, romances e livros de história - pertencente a biblioteca real de Sempterot.

- E então? O que você tem para me dizer sobre alguém que possua um olho verde e outro vermelho? – princesa Moira perguntou com irritação para o velho homem que estava sentado à mesa em que havia um enorme livro aberto.
- Moira! Cadê a educação que a sua mãe lhe deu? – disse o rei, que não estava muito longe de sua filha.
A princesa apenas encarou seu pai com uma expressão carrancuda, como se houvesse sido ofendida de alguma forma, mas não disse nada.
- Vossa alteza. – fez uma reverencia com a cabeça – Vossa majestade. É uma honra poder ajuda-los. – balbuciou o velho, cujo rosto enrugado e sobrancelhas grossas quase não deixavam que seus olhos cor de chá fossem vistos – Mas temo que eu não tenha resposta para vossas perguntas. – pigarreou e franziu ainda mais seu semblante, parecendo um tanto constrangido com a situação - Eu conheço lendas sobre pessoas de olhos vermelhos, até mesmo já ouvi algumas muito, muito antigas sobre alguns deuses que tinham esta tonalidade na íris de seus olhos, entretanto jamais ouvi, nem mesmo li, nada sobre alguém com apenas um olho vermelho. – sua voz era fraca, apagada, era difícil de ouvi-la em certos momentos.
- A lenda que eu conheço diz que essas pessoas de olhos vermelhos são demônios! Demônios!! Está ouvindo, vossa majestade?? – disse Moira para seu pai com um tom de deboche, enquanto zanzava em volta da mesa e cadeira em que estava o sábio.
- Moira. Cale-se. – Lucius VII, o rei, já estava se irritando com a atitude de sua filha.
- Vossa alteza, disse a pouco que apenas um olho tem a tonalidade do demônio. Não pode ser uma possessão, os livros são claros sobre os sintomas nesses casos. – o ancião paginava o grande livro com visível nervosismo - Jamais nenhum mencionou algo assim.
- Ele não pode estar... MEIO... Meio possuído? – Insistiu, batendo a palma da mão sobre a mesa forte o suficiente para produzir um som alto e fazer a prataria que estava sobre ela balançar.
- Moira! – seu pai tentou a chamar sua atenção para o comportamento nada apreciado por ele.
- Impossível vossa alteza. Não existe algo como “meia possessão”. – coçou a cabeça que já não tinha cabelos fazia muitos anos, enquanto ajeitava o candelabro e taça de prata que quase haviam caído vitimas da fúria da filha do rei.
- “Deuses”? É isso? – perguntou Lucius, intrigado.
- Sim Vossa Majestade. – o sábio baixou a cabeça em direção às paginas do livro e passou a mão por sua longa barba cinzenta – As histórias antigas, de milênios de anos atrás, eu diria, falam sobre os deuses que andaram sobre o mundo dos humanos. – ajeitou-se na cadeira de madeira estofada - De qualquer modo, não são histórias confiáveis, não existem muitas provas de que elas não são pura ficção. E voltando ao assunto original, eles tinham os dois olhos da mesma cor. – ao terminar sua frase fechou a pesada capa do livro.
- Então como explicar aquilo que está parado lá no salão principal??? – apontou para a porta da biblioteca gigante e sofisticada, repleta de livros dos mais variados assuntos, sua face demonstrava profunda preocupação.

O ancião fitou-a quase em pânico ao ver sua expressão e começou a dobrar compulsivamente as mangas do manto descolorido que vestia.

- Ah... ahn... Vossa Alteza, quem quer que seja o homem, é melhor dá-lo o beneficio da dúvida. T-tratemos o forasteiro como qualquer outro enquanto não houver nada que possa o incriminar. – enxugou as gotas de suor que começavam a passear pelas profundas rugas do rosto.

Moira olhou novamente para o sábio, decepcionada, sentia-se derrotada, já que seus argumentos haviam acabado. Ela não tinha nada que realmente pudesse comprovar que o estrangeiro realmente fosse uma ameaça.

- Ouviu bem, minha filha? Valo nos ajudou. Ajudou os meus soldados e demonstrou o devido respeito a mim. – deu um grande sorriso vitorioso o qual fazia com que as bochechas ficassem ainda maiores e mais vermelhas – Não precisa ficar tão desconfiada sem motivos. E eu já decidi que vou convoca-lo para o exército, ele provavelmente será útil, se aceitar o cargo.
- Sim... Vossa Majestade. – resmungou a jovem, completamente derrotada e sem forças para argumentar.

Tirar aquele estranho misterioso e, provavelmente, muito perigoso, de dentro do castelo, de perto de seu pai e irmão mais novo seria uma tarefa extremamente complexa para Moira...


Seria?


Fim do Capítulo 1.
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Mensagem por Midori Qua maio 23 2012, 09:38

Menina chataaaaaaaaaaaaaaa...

Mas é isso que deixa suas histórias tão legais, parece até novela LOL.
E prende de um jeito que é a vontade de você ver a princesa se ferrar LOL...
Emocionante, eu diria... XDDDDDDDDDDDDDDDDDD
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Mensagem por JP Vilela Qua maio 23 2012, 09:40

Valo xD

Essa parte foi para mim a mais interessante. Gosto quando começam a discutir magicbabbe por ai xD
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Mensagem por Creat n13 Sex maio 25 2012, 12:31

Nossa, mas que medo é esse que ela tem do rapaz? Será que é só medo mesmo? Ta ficando interessante e as perguntas na minha mente só tão aumentando kkkkk Ta muito bom. Esperando os proximos.
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Mensagem por Nat-Bear Sáb maio 26 2012, 00:36

Weee.. Capitulo 2 e parte 1... o mais comprido e complicado de escrever até agora.. @_@.. E provavelmente meio esquisito pq terminei de escrever quase dormindo em cima das teclas LOL


Capitulo 2: A Princesa Antagônica

Parte1: Aprovação

O quartel no qual os homens do exercito real estavam era sempre cheio e movimentado. O rei realmente possuía uma armada extensiva, parecia até que temia algum ataque inimigo a sua cidade. Era naquele espaço e no pátio que o circundava, que os guerreiros tinham seu treinamento, seja em qual arte da batalha fossem especializados. A área inteira era muito grande e abrigava dos mais diversos instrumentos e equipamentos utilizado para os treinos. Não podia dizer se que o exército de Sempterot era desprovido homens fortes e habilidosos, o rei não economizava para ter os melhores guerreiros que conseguisse adquirir.

Um jovem, ainda adolescente, corria por entra os homens, esgueirando-se por entre eles. Parecia procurar alguém em especifico, mas era difícil, já que o garoto não era muito alto e o local era uma bagunça. Homens berrando, brigando... (muito barulho)

O jovem de olhos cor de mel fez uma expressão de alívio, parecia ter encontrado aquele que procurava.

- Oh! Deve ser o senhor mesmo... Senhor... -franziu a testa, tentando lembrar seu nome – Ah! Senhor Valo! – o estranho guerreiro virou-se na direção do garoto, olhando-o com aquele seu olhar inexpressivo, o que deixou o jovem nervoso – Ahn... A... A princesa está requisitando sua presença na área aberta do lado leste do castelo. Vossa Alteza disse que o senhor precisa estar lá daqui uma hora. – baixou os olhos, com medo de encarar aquele homem de olhos intimidadores.

O forasteiro não disse nada, sequer tentou confirmar que havia entendido, apenas manteve seu olhar vidrado sobre o garoto.

- P-preciso ir agora, tenha um bom dia, senhor. – no momento em que terminou sua frase, saiu correndo pelo caminho do qual havia vindo.

- - -

- Ele entendeu o recado, ótimo. – resmungou a jovem princesa, ao chegar ao grande pátio interno da ala leste do castelo e encontrar o homem o qual havia mandado chamarem, sentado em um dos bancos de pedra do lugar.

Moira e mais quatro homens vestidos com o uniforme da guarda real passaram pelo portão de ferro trabalhado que dava para o pátio interno. Três deles traziam longas alabardas consigo, eram os responsáveis pela segurança dela. O quarto homem estava com o equipamento utilizado pelos homens que costumavam ficar no quartel. Deveria ter um pouco menos de 40 anos e era grande, tanto em altura quanto em massa muscular. Carregava consigo uma espada de cabo prateado, guardada em uma bainha de couro novo, que estava presa em seu cinto.

A princesa aproximou-se do forasteiro e os quatro homens a seguiram, parando mais ou menos a três metros atrás dela.

- Levante-se! - ordenou ao estrangeiro, que a obedeceu, apesar de parecer fazê-lo sem muita vontade.
- Valo... O rei lhe nomeou. Mas eu não gosto deste nome! - cruzou os braços enquanto olhava em direção as árvores situadas nas bordas do pátio - Lhe darei um nome mais.... à sua altura.

Finalmente ela pôde o observar melhor, desta vez não tinha tecido algum sobre sua cabeça. Logo que se aproximou dele, Moira percebeu que era um homem alto, quase uns 20 centímetros mais alto que ela, o que não a agradava. pois tinha que erguer a cabeça para analisá-lo. Pôde ver o cabelo loiro escuro, um tom quase dourado, em seu cabelo sem corte definido, ou pelo menos estranho para ela. Sua pele também tinha um tom meio dourado, típica de pessoas vindas do oeste, que passavam muito tempo sob sol escaldante dos locais secos e de pouca vegetação daquela área. O que um homem do deserto poderia estar fazendo tão ao norte? Se bem que a princesa não tinha certeza se as pessoas de lá possuíam o cabelo naquela tonalidade. Muito menos aqueles... Olhos! Além do corte que atravessava seu olho direito - o vermelho! - logo abaixo do esquerdo tinha uma pequena mancha na pele, que apesar da pele não ser muito clara, ainda assim era bastante visível. Enquanto examinava-o demorou para perceber que os olhos do forasteiro fitavam os seus, um olhar profundo, mas ao mesmo tempo vazio. Era novamente aquele olhar hediondo que havia visto da primeira vez que percebera seus olhos incomuns.

- Como ousa olhar a filha do rei nos olhos!?? - Moira virou-se para os soldados que a guardavam - Mostrem-no como pessoas atrevidas são tratadas!

Um dos homens adiantou-se e se dirigiu até o forasteiro. Rapidamente, utilizando-se de seu punho coberto pelo metal que revestia a luva da armadura, socou-o na altura do estômago e aproveitou que ele curvou-se, como consequência do golpe, para forçar seu corpo em direção ao chão, fazendo-o se ajoelhar.

- De joelhos! - Comandou o soldado em meio a uma risada de satisfação.
- Em momento algum em permiti que desse uma ordem em meu lugar. - explicou a princesa, com um olhar frio de desaprovação sobre o soldado.
- Me perdoe Vossa Alteza! - o homem curvou-se, apesar de não ter gostado de ter sua diversão censurada por uma mulher.
- Volte para o seu lugar. - mandou firmemente e então se voltou para o forasteiro - Eis o seu lugar, perto do chão. Não ouse afrontar-me com esses seus olhos repugnantes outra vez! - aproximou-se mais dele, que mantinha a cabeça voltada na direção do chão - Lhe chamarei, não de Valo, mas Alan. - o estrangeiro, agora com um segundo novo nome, apenas moveu levemente a cabeça, algo que pareceu não ter significado algum - Seja grato por eu lhe dar um nome melhor – Levante-se.

Obedecendo-a, o homem de pele bronzeada colocou-se de pé novamente, mas manteve a cabeça baixa, exatamente como Moira queria.

- Abra a boca. – ela ordenou seriamente.

Os quatro soldados se entreolharam, surpresos com o pedido de Moira para o forasteiro. Como nas ordens anteriores, ele levantou o rosto e abriu a boca, sem nem mudar sua expressão... Ou a falta de uma.

- Você não teve sua língua cortada – a princesa examinou, mantendo certa distancia, mas tendo de erguer a cabeça novamente – Então não seria o motivo para não falar. – colocou a mão sob o queixo, tinha uma expressão pensativa – Remova essa sua manta do pescoço, quero ver se não tem nenhuma cicatriz.

Mais uma vez ela tinha sido obedecida sem hesitação alguma, o forasteiro puxou o tecido desbotado, afrouxando o suficiente para que a jovem pudesse examinar seu pescoço, mas não havia nada ali. Cicatriz alguma.

- Afinal, por que você não fala? – disse em um tom de voz baixo, como se estivesse articulando consigo mesma, mas todos foram capazes de ouvir – Eu tenho minhas dúvidas sobre a verossimidade daquilo que você parece ser... Ou daquilo que você realmente é. – seu tom de voz demonstrava irritação novamente. – Mas no momento isso não é importante... – virou o rosto em direção às árvores do pátio, pensativa – O rei disse que você tinha de ser um guerreiro muito habilidoso, já que havia sozinho ajudado os três homens da comitiva...

A filha do rei afastou-se novamente, sempre que andava unia as mãos sobre o tecido da saia do vestido, e foi até o soldado que não fazia parte de sua guarda pessoal, parando ao seu lado, mas virando-se novamente para Valo... Ou Alan...

- Este é Taurus. – meneou a mão, com movimentos muito suaves, em direção ao homem ao seu lado, que tinha uma expressão desinteressada no rosto – O melhor guerreiro dentre o exército real, ou pelo menos é o que dizem... – olhou pelo canto do olho para Taurus com um disfarçado sorriso malicioso nos lábios.
- Vossa Alteza, com todo meu respeito, eu SOU o melhor. – abaixou a cabeça ao se dirigir a Moira, mas ficou irritado com sua insinuação.
- Como eu posso acreditar se nunca o vi em uma batalha? – a princesa afastou-se dele – Mas você pode provar que os rumores são verdade e ao mesmo tempo eu também saberei se o que os soldados da comitiva disseram é verdade. – Lançou seu olhar em direção ao forasteiro, que mantinha o rosto abaixado. – Eu quero um duelo. Agora. – sentou-se em um dos bancos de pedra, mais afastada dos demais.
- Sim, Vossa Alteza!- moveu-se para perto de Alan, parando três metros à sua frente – Nestes cinco dias ainda não vimos você em combate. – desembainhou a espada – Estamos todos curiosos sobre os boatos. – percebeu que seu adversário finalmente havia levantado a cabeça e os olhos sinistros já estavam sobre ele, algo que tentou ignorar – Você tem o que? Trinta anos no máximo, não? – não tentava esconder o seu desinteresse na luta.

Como era esperado, o guerreiro misterioso não se deu ao trabalho de tentar responder, ao invés disso, permaneceu sem nenhuma alteração em sua posição, nenhum movimento, nem com o intuito de se preparar para o duelo. Era como se ele nem houvesse entendido o que estava acontecendo.

Com a proximidade daqueles dois, foi mais fácil de perceber que Taurus não tinha tanta diferença de altura do forasteiro quanto parecia enquanto estavam distantes.

Os dois se encaravam em silencio, o que já estava deixando a princesa impaciente.

- Eu pedi um duelo! Um duelo de armas, não de olhares! - reclamou.
No instante em que o homem misterioso virou seus olhos em direção à Moira, Taurus aproveitou para lançar seu primeiro ataque. Brandiu sua espada em um movimento curvo para a direita, na altura do pescoço de seu adversário, entretanto o forasteiro girou o corpo, ficando de costas para Taurus, mas mais próximo aproveitando a aproximação para, em um movimento tão rápido quanto o da espada de seu adversário, bater com o cotovelo em seu pescoço. Com a investida de Va... Alan, o seu pesado adversário foi jogado para trás, batendo as costas no chão, e no instante seguinte, Moira, sem entender como, percebeu que a arma que antes pertencia à Taurus estava na mão do forasteiro.

- Que... – a jovem princesa levantou-se depressa – Está errado! Eu disse duelo! Cada um com sua respectiva arma!!! Quero que recomecem! Você! – apontou para Alan – Devolva a espada para ele! E você! – Apontou para Taurus – Saia do chão!!!

O primeiro ato daquela luta havia a irritado bastante.

- Isso foi... – o guerreiro pertencente ao exército real, levantava-se do chão, o golpe repentino de seu adversário havia o deixado furioso – Certo, subestimei você! É mais forte do que aparenta... Realmente... – deu uma risada forçada enquanto enxugava o rosto com as costas da mão, desta vez parecendo bem mais interessado no combate que iria se seguir.

O forasteiro entregou-lhe a arma.

- Agora, Alan, saque sua espada e podem recomeçar o duelo... – depois de respirar fundo, Moira voltou a sentar, embora aquilo que planejara não estivesse dando certo.

O homem de olhos peculiares obedeceu-a e secou a arma de sua bainha surrada. Era uma espada antiga, seu metal já estava bastante fosco, além de ser menor que a de seu adversário.

- Cavalheiros, em suas posições. Preparem-se. – ordenou a filha de Lucius.
Taurus colocou-se em sua posição de combate, erguendo a espada horizontalmente na altura do peito, por sua vez, o forasteiro, mas teve a espada baixa, entretanto levantou seu braço esquerdo, revelando algo que ninguém havia percebido antes, pois sua mão estava sempre sob o tecido da manta desbotada. Princesa
Moira pôde ver perfeitamente, ele tinha uma espécie de luva de metal com longas garras pontiagudas, como as de uma ave de rapina.
- Podem começar! - comandou ainda com seu olhar intrigado voltado para a nova arma apresentada.
O primeiro a se mover foi o melhor cavalheiro do rei, manejando sua espada em um movimento semi-vertical, visando acertar a lateral do braço esquerdo de Alan. Então um alto som de metal de chocando foi ouvido, a lâmina da espada havia se chocado contra a luva metálica. Com a mesma mão que havia defendido o golpe, Alan segurou o braço de seu adversário que havia acabado de desferir o golpe com a espada em sua direção e aproveitou a guarda aberta para desferir um chute na altura do estômago, ataque do qual Taurus desviou em um giro, aproveitando que sua mão estava sendo segurada para, com todo o peso de seu corpo, jogar o inimigo para longe.

Mais alguns movimentos parecidos com os anteriores de sucederam e Moira já estava extremamente entediada. Bufou e mudou de posição no banco pelo menos duas vezes.

Até que um movimento, que para ela foi inexplicável, aconteceu. Quando Moira percebeu, o forasteiro estava às costas de seu oponente e lhe deu preciso golpe, com a lateral da mão que vestia a luva metálica, na nuca. Fazendo assim com que Taurus caísse de joelhos.

- Basta! – a princesa levantou-se novamente, utilizando-se de sua voz de comando – Está decidido, Taurus perdeu para Alan.
- Eu não posso acreditar que perdi para este homem esquisito, aquele último movimento... Não foi normal! – disse o homem derrotado, ainda ajoelhado sobre o chão e tentando lidar com a vergonha que estava sentindo.
- Cale-se, perdedor! – Moira virou o rosto na direção daquele que havia vencido o duelo – Alan. Mate-o!
Sem hesitação alguma em seus movimentos, o forasteiro ergueu sua espada e a balançou na direção do pescoço do derrotado.
- Pare! – ordenou a princesa com um sorriso maldoso nos lábios, e Alan obedeceu imediatamente, parando a lâminas a centímetros da pele de Taurus – Hmm. Talvez você tenha alguma utilidade, afinal. –caminhou em direção aos dois.

Além de estar humilhado pela derrota para uma pessoa que ninguém nunca tinha ouvido falar, Taurus também estava visivelmente alterado pelo comando que sua alteza acabara de dar. Quando Moira se aproximou ele olhou-a com uma mistura de raiva e espanto, expressão que não a agradou.

- Suma daqui Taurus! Leve sua humilhação consigo para longe de mim!
- S-sim, Vossa Alteza... – o homem levantou-se e caminhou lentamente até a porta de entrada do castelo, carregando consigo uma aura de derrota que podia ser percebida de longe.
- Você é assim? – dirigiu-se para o vitorioso – Obediente como um cãozinho treinado? – por pouco não chegou a reconsiderar sobre querer o forasteiro longe do reino, entretanto alguém tão submersível às suas ordens não deveria ser descartado assim, pelo menos não tão cedo.

Podem me ajudar com esse capitulo, se acharem que ficou estranho, eu tive algumas dificuldades mesmo.....
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Mensagem por Creat n13 Sáb maio 26 2012, 01:19

Ohhhhh!!!! Ta bom demais!!! kkk Nuss! Essa princesa é chata demais! Em algumas horas imaginei ela como a rainha de copas, a cabeçuda de Alice no país das maravilhas. rsrs Você tem um jeito lento de contar, mas que prende a cada pedaço que é contado. Vou continuar lendo com certeza e tentando aprender com você. ^^ Nat-mestra. XD
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Mensagem por Midori Sáb maio 26 2012, 07:57

Nossa que longo Shuu! Mas olhei por cima e parece muito bom!
Depois leio com cuidado ^^!
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Mensagem por Nat-Bear Sáb maio 26 2012, 13:27

Creat n13 escreveu:Ohhhhh!!!! Ta bom demais!!! kkk Nuss! Essa princesa é chata demais! Em algumas horas imaginei ela como a rainha de copas, a cabeçuda de Alice no país das maravilhas. rsrs Você tem um jeito lento de contar, mas que prende a cada pedaço que é contado. Vou continuar lendo com certeza e tentando aprender com você. ^^ Nat-mestra. XD

Haha! Realmente uma menina de gênio complicado... Mas não é cabeçuda XD.
Mestra? eu? Eu me confundo demais na hora de escrever para ser uma mestra XD.
Então... Vou tentar continuar mantendo a magia do "prender" dessa história @_@.

Midori escreveu:Nossa que longo Shuu! Mas olhei por cima e parece muito bom!
Depois leio com cuidado ^^!

Leia letrinha por letrinha hein!! (e pule os erros XD).

Nota: Só esperando a Midori ler e dizer algo pra postar a continuação kkkk.
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Mensagem por JP Vilela Seg maio 28 2012, 00:48

Valo-Alan com o dash super sônico xD

E a princesa DUAMAL! xD
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Mensagem por Midori Seg maio 28 2012, 19:13

Não me espere para postar, porque você sabe que tem vez que eu demoro um pouco >o>!!!
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Mensagem por Nat-Bear Seg maio 28 2012, 22:29

Já que insistes....


Parte 2: Questões Estratégicas

Mais de dois meses passou-se desde que o rei Lucius havia decidido que seu mais novo soldado, Valo, deveria trabalhar como uma dos guarda-costas de seu filho mais novo, o príncipe Maxwell, que seria o futuro rei de Sempterot. E tudo estava seguindo tranquilamente seu percurso normal, para a infelicidade da princesa Moira. Nada de diferente... O forasteiro nunca desobedecia, nem parecia tramar algum plano diabólico para destronar o rei... Nada.

Apesar de seu jeito todo delicado de andar e mover suas mãos, as palavras de Moira eram maldosas, tanto quanto seu caráter, o que resultava nela ter menos empregados que seus irmãos, principalmente porque sempre dava um jeito de se livrar deles.

- Como eu estava dizendo, a situação no centro-sul está começando a nos afetar também. Os conselheiros disseram que logo vamos ter que tomar alguma atitude quanto a isso.
- Pai, quanto tempo até que isso aconteça? – perguntou interessado o garoto de olhos castanho-claros.
- Segundo os dados que me passaram, em no máximo três meses, se não nos unirmos a algum dos lados iremos perder muito mais do que apenas parte de nossas terras. O que quer dizer que também perderemos a maioria de nossos aliados. - Lucius ajeitou-se na cadeira, concentrado nas informações que o mapa aberto sobre a mesa à sua frente lhe dava.
- Foram os conselheiros que montaram este mapa? – o jovem inclinou-se sobre a mesa, tocando em uma das pequenas estatuetas que representavam os exércitos dos reinos vizinhos.
- Não, Maxwell, foi o nosso estrategista. – pigarreou – O que estou tentando dizer é que eu logo vou ter que me ausentar do castelo. – inclinou o corpo e apoiou os cotovelos sobre a mesa - Vou precisar negociar com nossos aliados e com o marido de Miriam. Estou pensando em levar você e a Moira pra fortaleza norte antes de viajar.
- Fortaleza norte?? – a princesa levantou-se de seu acento – Mas lá é muito frio! Vamos ter que queimar a mobília toda para ter alguma espécie de aquecimento! – baixou a cabeça e suspirou – Estamos no inverno, Vossa Majestade.
- Então talvez possamos levar os dois para o castelo do seu noivo, faz muito tempo que vocês não se veem.
- Pai! – elevou o tom de voz involuntariamente, mas logo percebeu o que fez e sentou-se, mantendo a cabeça baixa – Perdão... Prefiro ir para a Fortaleza Norte.
- Moira, não podemos ignorar nosso acordo por tanto tempo assim. Já era para você ter se casado com ele quando tinha 15 anos, isso quer dizer que faz dois anos que estamos enrolando com esse assunto.
- Não vou me casar. – respondeu baixinho, em um suspiro.
- Façamos o seguinte. Vamos os dois esquecer o passado e seguir em frente. – levantou-se de sua cadeira e locomoveu-se para o lado de sua filha, passando a mão sobre sua cabeça – Se você prometer que vai se casar com o seu noivo, eu prometo que irei encontrar uma nova rainha para o reino.
- NÃO OUSE! – empurrou o braço de seu pai para longe e levantou-se apressadamente – Não ouse fazer isso com a minha mãe! – sua raiva estava estampada no rosto.
- Mas Moira. – Maxwell intrometeu-se – Nossa mãe já se foi há tanto tempo. O pai já deveria ter encontrado uma nova rainha... – respondeu calmamente, apesar de estar com pena de sua irmã.
- Você diz isso porque era só um bebê quando ela morreu! –bateu as mãos sobre a mesa, derrubando as estatuas que estivessem sobre o mapa - Não consegue se lembrar dela! – sua expressão havia mudado, parecia ter ficado deprimida, olhava para a mesa, mas não estava focando a visão em nada, estava apenas pensando, ou talvez se lembrando de algo – Vou me retirar... – resmungou dando as costas para todos que estavam na sala de estratégias e indo embora.

Lucius voltou a sentar-se em seu lugar, tinha uma expressão cansada enquanto passava a mãos sobre a barba e suspirava.

- Os senhores estão dispensados. Mais tarde continuamos.
A maior parte das poucas pessoas que estavam presentes na sala se foi, mas ainda sobraram algumas, eram os homens responsáveis pela guarda da família real.
- A Moira está pior que antes, não? – Maxwell passa os dedos por entre seu cabelo castanho cuidadosamente penteado.
- Aparentemente sim. – pressionou os dedos contra a testa – Um dia ela vai ter que deixar isso para trás...
- Eu queria me lembrar da mamãe como a Miriam e a Moira se lembram... – deixou a tristeza invadir seu rosto também.
- Max, você não tem deveres para concluir? - Lucius olhou para o filho mais novo, tentando disfarçar a preocupação que até então estava estampada no rosto.
- Oh. Tenho sim. – levantou-se bruscamente da cadeira – Vou imediatamente terminar, já estou cansado de estudar aquilo...
- Pode ir então. – deu uma risada disfarçada.
- Siro, Valo. Estou indo para a sala de estudos, não precisam me acompanhar.
- Entendido, Vossa Alteza – disse Siro, curvando o corpo rapidamente.

O jovem príncipe despediu-se educadamente de seu pai e foi embora, deixando seus dois guardas para trás.

Capítulo 3: A Casa do Duque

Parte 1: Prisão

O castelo de Sobbar era a residência de uma longa linhagem de duques que estavam conectados à família real do reino de Montealto. A região ficava a seis horas de viagem de carruagem do reino de Sempterot . Por ter sua posição mais próxima do coração do continente, suas temperaturas eram mais agradáveis do que as do reino de Lucius. Sendo assim, a neve lá caia bem mais raramente. O que significava que Moira e Maxwell não precisariam levar roupas tão pesadas para sua estadia lá, quanto se houvessem ido para a fortaleza norte.

Ao chegarem ao castelo, após uma exaustiva viagem, eles foram recebidos por todos os moradores da construção. A Duqueza de Sobbar e seus sete filhos, entre eles o Duque Dominus Sobbar, que herdou o título após a morte de seu pai.

Após um breve descanso, Dominus convocou seus mais novos hospedes para conversarem na grande e luxuosa sala de estar do castelo.

- Veja só. Fazia anos que eu não via minha noiva! Você cresceu princesa Moira. – aproximou-se dela e curvou-se rapidamente, um sinal de respeito.

Moira virou o rosto para outro lado, ignorando-o.

- É um grande prazer conhece-lo, Duque Dominus. – disse Maxwell, tentando ignorar a vergonha que os atos de sua irmã estavam lhe dando.
- Vossa Alteza. – curvou-se novamente.

O duque era jovem, porém dez anos mais velho que sua noiva e quase da
mesma altura que ela. Tinha os olhos e os cabelos muito escuros, assim como o cavanhaque que usava.

- O senhor já deve saber o porquê de estarmos aqui. – continuou o príncipe, com um tom de voz sério.
- Sim. – percebeu que um dos guardas que acompanhavam Max era muito peculiar – E aquele homem? É seu guarda? –cruzou os braços e olhou diretamente para o guarda - Certamente não deve ser de nenhum lugar próximo, para ter a pele daquela cor...
- Sim, aquele é o Valo, um dos meus guardas. Achamos que ele veio do oeste – coçou a cabeça e franziu a testa – Só que ele não fala, mas é um guarda muito habilidoso!
- O que tem de errado com o rosto dele, os olhos? – encarou Valo, irritado com sua presença.
- Isso eu também não sei explicar. Ninguém soube explicar até agora. – contorceu os lábios.
- Não gosto dele. Eu agradeceria se o deixasse fora do castelo. – o duque respondeu secamente.
- Ele é responsável pela proteção do príncipe Maxwell. Ele fica – finalmente Moira se pronunciou.
- Minha noiva – chegou ainda mais próximo dela – Eu sinto muito, mas nesta casa eu ditarei as regras. – tocou com as pontas dos dedos a face pálida da princesa.
- Não encoste suas mãos em mim! – afastou-se rudemente e fitou seus olhos, irritada.
- Moira! – exclamou o irmão, segurando sua mão – Senhor duque, perdoe minha irmã, ela deve estar muito exausta da viagem.
- Maxwell! Você é o futuro rei! Não se rebaixe! – argumentou Moira, apertando seus dedos em volta da mão do menino.
- Que noiva malcriada me arranjaram. – comentou o duque, com um sorriso debochado no rosto, parecendo se divertir com as ações da princesa.
- É melhor eu leva-la para o quarto dela. – Max estava nervoso com a situação eu Moira estava criando.
- Estejam aqui para o jantar.

Os dois passaram pelo Duque e subiram a escadaria que dava para o segundo andar murmurando entre eles algo que não pode ser ouvido pelos outros. Os guardas os seguiram, entretanto, Dominus se colocou na frente de Valo, impedindo-o de ir.

- Eu tinha dito que você não vai ficar dentro desta casa. Não gosto de pessoas do deserto. Muito menos alguém com estes olhos. – cruzou os braços e meneou a cabeça em direção à porta que dava para um corredor – Saia.

O forasteiro lançou seu já conhecido olhar frio e concentrado sobre os olhos do duque, que como todos os outros que já haviam passado por isso, ficou bastante incomodado.

- Saia! – insistiu, alterando o tom de voz, parecendo nervoso.
Valo o obedeceu, entretanto Dominus podia jurar que no momento em que ele se virou, olhou-o rapidamente pelo canto do olho e contorceu os lábios em um quase inexistente sorriso.

- - -

Já era noite e todos estavam à mesa para o jantar. A Duquesa e seus filhos, o príncipe e a princesa de Sempterot jantavam. Maxwell tentava conversar politicamente com o Duque e sua mãe, embora sua irmã mais velha se recusasse a manter algum dialogo com eles.

- Princesa Moira, o que acha de marcarmos o casamento para esta primavera. Faz tempo que já deveria ter acontecido. – disse a duquesa, enquanto bebericava de sua taça de vinho.
A jovem não respondeu, parecia concentrada na comida. Estava simplesmente tentando ignorá-los e se esquecer de que estava naquele lugar.
- Moira – sussurrou Max, cutucando o braço de sua irmã que estava segurando delicadamente o garfo sobre o prato.
- Minha noiva é tímida. – sorriu – Ela não conversa muito.
- Mas a sua noiva é muito bonita, Domi. – exclamou uma das irmãs do duque.
- Não estou bem. – Moira levantou-se de sua cadeira – Vou me retirar para o quarto. – saiu sem dar tempo para que alguém argumentasse.
- Desculpem minha irmã. A viagem não fez muito bem à ela. – baixou os olhos para a comida, impedindo que os demais pudessem ver o que o constrangimento poderia fazer com seu rosto.
- Não precisa se desculpar. Tenho certeza que logo ela estará bem e sob controle. – sorriu, embora as palavras do duque houvessem soado levemente hostis.

- - -

A princesa trancou-se no quarto, seu desapontamento e irritação não a deixavam descansar. Caminhava em círculos pelo quarto escuro, esperando que uma resposta, uma solução para o que estava passando, entrasse magicamente pela janela...

Finalmente cansou de andar sem chegar em lugar nenhum e resolveu parar, sentando-se na cadeira que ficava em frente à janela, pela qual a luz da lua cheia entrava e proporcionava o pouco de iluminação que ali havia.

O rosto de Moira ficava ainda mais pálido sob a luz espectral da noite, seus olhos brilhavam como se fossem feitos de topázios azuis. Entretanto, olhar para as estrelas da noite, por mais belas que fossem, não lhe ajudariam em nada.

Suspirou e levantou-se da cadeira, seguindo até a janela e apoiando os cotovelos na beirada.

- Não vou aguentar ficar aqui por muito tempo... – sussurrou para si e debruçou-se sobre o parapeito da janela, comtemplando a paisagem próxima ao castelo.

O local era cercado por gigantescas árvores de pino, quem haviam crescido bem próximas umas das outras. O castelo ficava um pouco distante da cidade mais próxima, mas havia várias casinhas minúsculas em uma área aberta do local em que a grama rasa e arbustos desbotados predominavam. As singelas construções deveriam pertencer aos homens que trabalhavam nas terras do duque. A fumaça que faziam suas chaminés sumia facilmente no breu da noite, no entanto era possível se enxergar fracas iluminações vindas daquela direção.

Moira deitou a cabeça sobre os braços e olhou mais para a direita, percebendo que, em meio a grama e próximo ao inicio da floresta de pino, havia mais uma iluminação laranjada. Uma fogueira de acampamento. Não era muito distante, então ela pôde ver a pessoa que havia acendido o fogo.

O cabelo que brilhava em um dourado intenso, graças à iluminação artificial da fogueira, era inconfundível.

- Alan? O idiota realmente ficou do lado de fora... – suspira – O que ele acha que está fazendo? – fechou os olhos por alguns instantes, voltando a pensar em uma solução – Talvez... Eu deveria dar a ordem para Alan matar o duque. – esboçou um sorriso por alguns instantes, entretanto logo voltou atrás – Não. O assassinato dele enquanto estamos aqui, provavelmente afetaria meu irmão também.

Parte 2: Noite a dentro

Já era madrugada, o frio da noite era capaz de atingir até mesmo os ossos da princesa. Naquele instante ela estava se arrependendo de não ter pegado uma capa mais quente para escapulir-se pela noite. A princesa tinha tomado uma decisão, já que não poderia matar seu noivo iria fugir.

Uma decisão absolutamente tola, já que não havia trazido nada consigo, apenas de esgueirou pelos corredores do castelo até finalmente encontrar um lugar por onde pudesse escapar.

Mas para onde iria? Certamente não seria para um dos casebres dos serviçais.

Moira decidiu que pegaria a estrada e tentaria encontrar o caminho para a cidade, de lá poderia arranjar um jeito de voltar para Sempterot, para sua casa.

Após alguns minutos de caminhada chegou até o inicio da estrada. Estava tremendo de frio, não conseguia nem sentir os dedos das mãos direito, mas ela era orgulhosa demais para aceitar sua derrota e voltar para seu quarto.

Quando estava dando seus primeiros passos pela estrada, sentiu algo a segurar pelo braço. Desta vez seu corpo não estremeceu só de frio, mas também de medo. Havia levado um susto tão grande que seu coração disparou de uma maneira que parecia querer atravessar a garganta e fugir pela boca. Uma sensação horrível percorreu por sua espinha e seu corpo se recusou a se mover.

Apenas depois de vários segundos sem que mais nada acontecesse, além da pressão de uma mão segurando seu braço, Moira finalmente conseguiu recobrar os movimentos de seu corpo e, lentamente, virou-se para trás.

- O... O que... – virou-se o suficiente para perceber imediatamente quem era – Eu não gosto que me toquem! Quem lhe deu a permissão para tal? –

Puxou o braço direito de volta, soltando-se.

Quando a princesa voltou-se para ele, Alan baixou a cabeça e deixou o braço dela escapar por sua mão.

Moira suspirou, fazendo uma bruma branca sair de sua boca. Tentou recuperar-se do susto, cruzou os braços sobre o corpo, para tentar manter-se um pouco mais aquecida e voltou a seguir a estrada.

Não precisou de muitos passos em frente para perceber que estava sendo seguida. Parou subitamente e virou-se novamente para trás, fazendo com que Alan também parasse à um pouco mais de um metro dela.

- O que você acha que está fazendo? Ninguém mandou você me seguir. Volte de onde veio! Ande...! – tentou gritar, mas sua garganta estava começando a doer – Ugh! Eu achei que aqui estaria menos frio... – coloca uma das mãos sobre o pescoço.

A jovem princesa esperou por alguns minutos que sua ordem fosse acatada, entretanto o homem mantinha-se na mesma posição, como se nem houvesse ouvido o que ela dissera. Ele realmente sabia como se parecer como uma estátua.

- Porque não está obedecendo agora? – irritada, tentava manter a capa completamente fechada, para que o vento não passasse.
Que resposta ela esperava receber? O mesmo silencio de antes se manteve.
- Pois bem, então fique aí. Plantado no chão como uma árvore. – Voltou-se a estrava e andou por mais alguns metros, sentindo seu corpo congelando com o vento que parecia piorar.

E novamente Alan a segurou, mas desta vez havia sido o ombro esquerdo. Moira olhou rapidamente para o ombro e percebeu que ele estava vestindo a luva com as garras de metais e que elas estavam próximas de atravessar o tecido da capa. No instante, seguinte, antes que pudesse reclamar, sentiu um puxão para trás forte o suficiente para lhe fazer perder o equilíbrio e cair para trás.

Moira gritou, mas quando se deu conta não havia caído no chão. Sequer
caiu. Havia batido as costas contra algo quente e definitivamente brando. Quando levantou um pouco os olhos, praticamente em um movimento extintivo, pode enxergar algumas das mechas douradas do cabelo do forasteiro.

Tentou desencostar-se dele rapidamente e se por de pé, mas percebeu que seus pés estavam começando a escorregar para frente.

- Você vai perder a ca--!!!!! – antes que pudesse terminar a frase, Alan puxou-a para cima pela cintura e a ergueu quase jogando para o ar, em seguida apoiou seu ventre contra o ombro e ali a manteve equilibrada, como um saco de batatas.
- Seu maníaco!! – bradou irritada, batendo suas delicadas mãos contra as costas dele - Você vai para a masmorra, vai ser torturado e depois decapitado no meio da praça!!!!

A jovem e agora muito irritada princesa pôde perceber quando Alan começou a se locomover, porém não conseguia ver nada, todo seu cabelo e o capaz da capa haviam coberto sua visão.

- Vou fazer você se arrepender do que fez!! – continuou o discurso berrado, agitando o corpo o máximo que conseguia, tentando se livrar do braço do forasteiro que a mantinha firme sobre seu ombro, e obviamente não entendo sucesso.

Nem mesmo bater seus joelhos contra o abdômen dele surtia efeito, era como uma pedra que podia se locomover.

Alguns minutos de gritaria, ameaças e caminhada se passaram até que Moira percebeu que finalmente haviam parado, o que a deixou momentaneamente em silencio, esperando pelo que viria a seguir.

O misterioso homem de olhos de cores diferentes ajoelhou-se e puxou a princesa de cima de seu ombro, soltando-a sentada sobre um tronco caído sobre a grama local em que estava acampado, bem em frente a fogueira.

No momento em que ele a libertou e se afastou um pouco, Moira aproveitou para lhe bater, com as costas da mão, na face direita.

- Pode se preparar! Quando voltarmos para Sempterot você será um homem morto!!! – mais uma vez gritou, embora sua garganta já estivesse doendo há algum tempo.

Ajoelhado a sua frente, Alan curvou o corpo para frente, como se estivesse reverenciando sua alteza, ou jurando-lhe lealdade, ou talvez apenas aceitando a sentença que ela havia lhe dado.

Moira queria se levantar dali, mas percebeu que próximo da fogueira estava muito agradável, seu corpo estava começando a ser invadido novamente pela sensação amena do calor. Resolveu que iria ficar sentada por mais alguns minutos, o que não diminuía nem um pouco da sua irritação com o forasteiro atrevido.

- Você pensa que tem o direito de me impedir se fugir se eu quiser??? – continuou a discutir, mesmo que na verdade fosse apenas um monólogo – Você teve a sorte de ter sido acolhido pelo rei, mas agora jogou sua oportunidade para o céu. Perdeu a sua chance! E eu não vou ficar aqui, não vou pertencer àquele homem! EU...! – respirou fundo, já quase sem ar de tanto falar sem intervalo entre as frases.

Enquanto a garota respirava, Alan levantou-se do chão e foi sentar na outra ponta do tronco. Em uma de suas mãos havia uma espécie de xícara que parecia ser feita de metal. Ele a segurava com a mão sem as garras metálicas.

- Você provavelmente não teria me obedecido se eu tivesse pedido para matar o duque... – deixou seus pensamentos escaparem em um suspiro – Por que eu?? – cerrou as mãos e as bateu contra os joelhos, tentando descontar sua decepção em forma de agressividade.

O forasteiro baixou o copo e olhou na direção da princesa, como se estivesse interessado no que ela tinha a dizer, mesmo que sua expressão não houvesse mudado em nada.

- Por que... – o tom de voz havia ficado tão baixo que era quase como o sussurro do vento da noite – Por que a Miriam casou-se com o futuro rei de Avefring e meu irmão, quando casar-se, sua mulher será a futura rainha de Sempterot... Por que preciso me casar com um duque? É culpa dele o que aconteceu... – coloca as mãos sobre o rosto, esfregando-as com toda sua delicadeza – Não sei por que estou falando sobre isso com alguém... Com um serviçal. – deu mais um suspiro e inclinou o corpo para frente, apoiando os cotovelos sobre as coxas das pernas – Deve ser provavelmente porque vou mandar lhe executarem mesmo quando chegarmos ao castelo... E também porque você não tem como dizer isso para mais ninguém...

- Não tenho?

De repente o frio novamente tomou conta do corpo da princesa, o arrepio que percorreu sua espinha antes também havia voltado. Mais um grande susto em tão pouco tempo. O coração tocava como o rufar de tambores de um choro de guerra. Em segundos o susto transformou-se em raiva. Moira levantou-se tão rapidamente do tronco que quase ficou tonta.

- Eu sabia que você estava nos enganando sobre não poder falar!!! – apontou para Alan, com o rosto contorcido pela raiva.

O homem bebeu tranquilamente do conteúdo de seu copo e respondeu:

- Mas a pouco pensou o contrário... – olhava em direção ao copo.
- Você sabe o tamanho do crime que cometeu ao fazer o rei e sua família de bobos da corte!??
- Vossa alteza acabou de me condenar à morte já.
- Maldito seja!! Eu mesma irei lhe matar agora!! – pegou um galho que estava no chão, não muito distante deles e agitou-o no ar na direção do forasteiro, que prontamente segurou suas mãos, antes que a “arma” o atingisse – Ordeno que solte minhas mãos!!

Alan levantou o rosto e fitou os olhos da jovem, com um sorriso malicioso esboçado nos lábios. Era a primeira vez, naquela noite, que Moira via seus olhos sinistros, mas estavam diferentes. Ela logo percebeu que seus dois olhos estavam verdes. Não havia mais sinal daquela íris vermelha em seu olho direito.

- Vossa Alteza não tem porque fugir desta vez.

A princesa levantou-se em desespero, deixando um grito escapar pela garganta. Sua respiração estava ofegante e suas mãos tremiam.

- Vossa Alteza, o que aconteceu? – um dos homens responsáveis pela sua guarda entrou no quarto, alarmado com o grito que acabara de ouvir.

- Ah? – Moira olhou para seu guarda confuso, demorou a perceber que tudo aquilo não havia passado de um sonho – Eu estava... – olhou para o guarda – Está tudo bem, foi só um sonho... -a angústia estava estampada em seu rosto – P-pode sair.
- Perdão, Vossa Alteza. – retirou-se do quarto.
- Maldito sonho! – esfregou as mãos sobre os olhos e percebeu que a luz do dia estava entrando pela janela – Por que eu perdi a noite toda com sonho desses?? – parou um pouco para pensar – Acho que dormi pensando sobre dar a ordem de matar o duque...

Moira não sabia por qual motivo teria sonhado algo assim, embora sempre desconfiasse do forasteiro, mas de uma coisa ela tinha certeza: O sonho a havia deixado muito irritada!

Mega-super-ultra TEXT WALL!!!! Reza a lenda que todo esse texto aí está precisando urgentemente de revisão xp.


Última edição por Nat-Bear em Qui maio 31 2012, 20:39, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Creat n13 Ter maio 29 2012, 13:08

Ual! Ate o próprio sonho dela a deixa irritada! Acho que nunca vou me simpatizar com essa garota não. kkkkk
Achei uns errinhos, algumas letras faltando.

Tem essa parte que eu não me lembro de qual é, mas copiei: "- É melhor eu leva-la para o quarto dela. – Max estava nervoso com a situação eu Moira estava criando." O "eu" era pra estar ali? Teve outra parte também, mas não me recordo.
Gostei, como sempre. Não gosto de repetições, já disse o quanto gostei da sua estória. XD próximo!
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Mensagem por Nat-Bear Ter maio 29 2012, 13:29

Creat n13 escreveu:Ual! Ate o próprio sonho dela a deixa irritada! Acho que nunca vou me simpatizar com essa garota não. kkkkk
Achei uns errinhos, algumas letras faltando.

Tem essa parte que eu não me lembro de qual é, mas copiei: "- É melhor eu leva-la para o quarto dela. – Max estava nervoso com a situação eu Moira estava criando." O "eu" era pra estar ali? Teve outra parte também, mas não me recordo.
Gostei, como sempre. Não gosto de repetições, já disse o quanto gostei da sua estória. XD próximo!

Tá errado mesmo... as vezes, quando vou escrever "que" eu escrevo "eu" sem querer kkkk XD.

Awww mas a Moira é tão..... tão... rica...!!!
Bom, eu sei q tem pelo menos uma parte planejada em que ela não está presente XD.
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Mensagem por Creat n13 Ter maio 29 2012, 14:10

Não consigo fazer personagens tão maus assim. Ate meus vilões são todos tão bonzinhos comparados a essa megera. kkkkk Mas eu perdoo se ela se redimir, coisa que com esse ego dificilmente vai acontecer. Odeio ela, mas admiro muito a forma que você fez a personalidade. Só mesmo a mestra pode fazer tal coisa! [se abaixando em reverencia] kkkkkk
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Mensagem por Nat-Bear Ter maio 29 2012, 15:56

Exagero!
Mas, acostume-se, meus personagens dificilmente são bonzinhos meeeesmo XD. (entretanto nenhum costuma ser mal personificado XD).
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