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Rune - Capítulos em "Beta" & Discussões sobre a história.

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Mensagem por Nat-Bear Qui Jun 14 2012, 13:29

Está aprendendo a enrolar comigo? kkkkkk

Li a parte 1 e 2 juntas, mas gostei mais da dois (e tem menos erros XD).
Na parte 1 teve umas descrições q pareceram meio perdidas.

Religiões nesse mundo tb são como as reais?

hmm.. orfanato é algo q vejo com frequencia em histórias... (hoje mesmo vi uma XD) pq gostam tanto de matar os pais dos personagens??? (eu faço pior!!! XD)
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Mensagem por JP Vilela Qui Jun 14 2012, 17:57

Midori escreveu:Sedoc não é uma torre ao contrário XD?

Depois eu leio o capítulo novo *-*

Mais ou menos, em questão de ter andares a analogia até é válida, mas estes não são precisamente localizados um abaixo do outro, ah alguns maiores e outros menores horizontalmente, alem de algumas câmaras serem localizadas mais longe do restante de um andar, como se tivessem sido feitas depois de já pronto xD

Nat-Bear escreveu:Está aprendendo a enrolar comigo? kkkkkk

Li a parte 1 e 2 juntas, mas gostei mais da dois (e tem menos erros XD).
Na parte 1 teve umas descrições q pareceram meio perdidas.

Religiões nesse mundo tb são como as reais?

hmm.. orfanato é algo q vejo com frequencia em histórias... (hoje mesmo vi uma XD) pq gostam tanto de matar os pais dos personagens??? (eu faço pior!!! XD)

Como o a maioria dos elementos desse universo são quase que versões alteradas do que temos no mundo real, as religiões são parecidas também. A do padre é a que mais se assemelha uma religião monoteísta, principalmente a cristã católica apostólica romana.

Tentei manter a estrutura, só que sem usar Jesus, cruzes e outras coisas que poderiam me causar algum aborrecimento vindo de pessoas mais religiosas. xD
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Mensagem por JP Vilela Sáb Jun 16 2012, 23:01

Postando o 2º capítulo completo, com as modificações sugeridas. Estou esperando a inspiração para fazer a revisão do final do 3º, muito obrigado a todos que vem me ajudado a escrever esta bagaça. xD


Capitulo 2 - Um Vilarejo e uma Besta

Parte 1 -

Spoiler:

Parte 2 -

Spoiler:

Parte 3 -

Spoiler:

Opiniões são muito bem vindas.
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Mensagem por Midori Dom Jun 17 2012, 20:37

É isso aí, JP... Preciso ler o capítulo anterior ainda D: ...
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Mensagem por JP Vilela Dom Jun 17 2012, 22:57

Capítulo 3 - A Calmaria - parte 3

A cerimônia de passagem dos recrutas seria no salão comunal, e perto da hora bastante gente já se encontrava por lá. Não chegavam a atingir a capacidade total do lugar, já que muitos estavam fora, viajando ou até trabalhando no dentro do próprio Sedoc, mas em outras áreas e andares. 

Não era obrigatório comparecer, mas alguns estavam curiosos para ver os novos membros oficiais, nem todo mundo se conhecia lá, principalmente quando se diz respeito dos novatos em relação aos que já eram mais antigos. Outros só estavam ali por que era a hora da janta e de quebra comeriam mais do que o ensopado de sempre se ficassem para assistir ao evento. O cheiro bom de carne assando no fogo dava para ser sentido em todo o primeiro andar. Os bancos já estavam com barris de vinho e cerveja prontos para serem consumidos e várias generosas canecas de meio litro.

No fundo do salão, de costas para a parede rochosa que dava para a cozinha, um conjunto de belas cadeiras de madeira de lei juntas a uma longa mesa enfeitada ficavam em uma parte mais elevada do nível geral do cômodo. Angus lá se encontrava posicionado em um desses acentos, no primeiro da direita, pontual como sempre e bebendo uma taça de vinho tinto enquanto analisava o movimento do local com uma expressão neutra, aparentemente sua condição de saúde já estava bem melhor, levando em conta que sofreu algumas injúrias durante a viagem . Ele realmente não queria, mas eram os “seus” recrutas que seriam homenageados em breve, tinha de estar presente mesmo contra sua vontade, eram as regras.

Laurence Giovane estava sentado em uma das mesas próximas a entrada, afastado de todo o resto que tentavam se localizar o mais próximo possível da cozinha e dos pratos cheios de comida que de lá iriam sair. O sujeito loiro e de pele empalidecida arrumava seus óculos de hastes circulares enquanto lia calmamente a um livro a luz das velas de um dos candelabros que iluminavam todo o local. Não era difícil o discernir da multidão, parte por seus traços étnicos que eram relativamente incomuns a região e principalmente por que ele simplesmente evitava a aglomerações, era bastante reservado. Foi assim que Aerrierf logo o achou ao por os pés na câmara. Parou e sentou-se bem a sua frente.

- Láu, olha todo esse pessoal... está muito cedo não acha? - parecia ter chegado com medo de se atrasar.

Laurence abaixou o livro, percebendo o amigo só quando este havia se pronunciado. Dami continuava:

- … ainda não são nem sete... por que já tem tanta gente por ai? Nós desse grupo de recrutas somos praticamente invisíveis para os membros mais antigos, por que eles se importariam de comparecer? - alem de tudo, estava um tanto nervoso.

- Hum... devem estar aqui pela comida, obviamente. - respondia com calma, de fato o cheiro da cozinha era muito bom - Então Dami... como foi de viagem? - fechava o livro e o colocava ao seu lado sobre a mesa.

O rapaz já ia o respondendo quando se lembrou de algo mais interessante para falar:

- Você não queria ter dito: “Então... como foi a poção?” - brincava com ironia no sorriso.

- É mesmo... e como foi? - se ajeitava na cadeira para ouvir mais de perto, aquilo parecia ter o despertado a curiosidade imediatamente - É verdade, nem te procurei mais cedo para saber disso...

- Funcionou muito bem... de fato fiquei mais rápido... eu... - parando para pensar mais uma vez no desastre que teria sido sua investida se não estivesse sobre os efeitos do que havia ingerido naquela noite - eu... não sei o que teria acontecido se eu não tivesse tomado aquilo quando... 

- Quando você se jogou desesperadamente contra duas toneladas e meia de monstruosidade enfurecida? 

- É o quê? Olha... Eu não... - estreitar os olhos enquanto analisava rapidamente - hanm...então você já sabe o que aconteceu?

- Ora, mais é claro... - balançava os ombros - aquele sujeito... o “veterano” - apontava para o recruta Heitor, que estava lá na frente já esperando pelo banquete junto da maioria, bebendo uma caneca de vinho - Ele contou para todo mundo como se você tivesse feito a maior manobra suicida da história. Disse que, em todos os seus anos, nunca havia visto um recruta se movendo tão rápido, “era muito desespero em uma pessoa só”, foi bem assim. - ria.

Laurence podia ser reservado mas era brincalhão e comunicativo com os mais chegados. Dami agora girou a cabeça e estreitava os olhos encarando Heitor a distância, esse distraído nem tinha notado os dois o observando e fofocando lá de trás.

- ...que engraçado... eu... olha, deixa eu explicar... eu estava no telhado da casa ao lado. Tinha gente comum prestes a morrer para aquela coisa enquanto o idiota do Cicatriz – apontava para Angus com a cabeça - estava caído do outro lado da vila. Eu não podia ficar assistindo eles virarem lanche de um Jotun. - suspirou - Eu... fiz o que tive de fazer.

- Isso é interessante. Quem diria que Angus "Lança de Prata", apanharia para um Jotun desses... - ria balançando a cabeça - E mais... quem diria, você? Salvando o dia? Todos estamos gratos e perplexos por isso... herói. - segurava risos, tentando se manter um pouco sério.

Enquanto o amigo falava, Dami enchia um pouco uma caneca que estava próxima de vinho. Tirava de seu bolso um pequeno pacote de papel do tamanho de uma moeda e o desembrulhava. Lá havia um comprimido esverdeado. Ele o pôs na boca e ingeriu com o vinho para ajudar a descer. Fez uma pequena expressão de dor ao engolir o medicamento parece que acabou descendo arranhando goela abaixo. Após isso, respondia:

- Olha lá a cachorrada Láu... - colocava a caneca de volta a mesa, engolindo seco e se preparando para contra-argumentar - eu só fiz o qu...

- Sabe o que te apelidaram por ai? Depois dessa sua façanha? - interrompia com animação.

- Ahrg... não quero nem saber. - já se preparava para o pior – Mas vai lá... Manda.

- Aerrierf... O Ponta-de-lança!

Dami parou por um instante olhando para a cara do amigo, vendo se era apenas uma pegadinha deste.

- Ponta de que? - parou para pensar mais uma vez - Quer saber... podia ter sido pior – imaginava toda a sorte de apelidos mais pejorativos que podia ter ganho. No Sedoc apelidos ficavam, e quanto mais constrangedores e criativos, por mais tempo perduravam.

- Então, voltando aos negócios... - continuava Laurence, agora se arrumando no acento, adotando uma postura ereta e fazendo uma expressão de seriedade. Parecia até que tinha virado um grande mercador e que ira negociar um valioso investimento, pigarreou antes de prosseguir - ...quer dizer que a minha fórmula funcionou como havia previsto. - olhava para os lados para ver se ninguém estava espiando a conversa - Quais os efeitos colaterais?

- Ah... nada de mais... - pensava no que a enfermeira Rachel havia observado naquele dia – transpiração excessiva, desidratação, espasmos musculares... mas eu logo fiquei bem. Deu muita sede... enfim.

Laurence o fitou nos olhos intrigado por alguns segundos antes de prosseguir:

- S...Sério? - parecia pego de surpresa.

- Ah... sim. Por que? Espera ai... - mais uma vez estreitava os olhos lendo a reação do amigo - você... esperava por efeitos colaterais bem piores! Seu desgraçado! - deu um soco na mesa, e com isso pegou um garfo que tinha próximo a mão e o brandiu na direção do amigo branquelo como se fosse uma arma perigosa arma de corte, estava indignado.

- Dami... não sei o que dizer... - nem chegou a reagira a “ameaça”, tinha alegria estampada no rosto - quer dizer... isso é muito bom! Eu... - olhava em volta mais uma vez - eu.. eu realmente preciso ir agora – falava enquanto saltava da cadeira.

- Espera ai... e a cerimônia? - Apontava para as cadeiras altas no fim do salão.

- Bem, o que eu posso dizer? Boa sorte? Realmente preciso verificar algumas coisas no “meu” laboratório, anotações... medições, aquele monte de coisas chatas... ahhhn você sabe... - já se afastava para a saída. Agora Laurence que estava ansioso. - Boa cerimônia... sócio!

- Pff... sócio... - mudava o foco do olhar para o talher que segurava, não sabia muito bem por que tinha feito aquilo. Com a visão periférica, via algo a mais sobre a mesa.

Laurence havia deixado o livro que lia, Dami o pegou. Era um livro estranho. Estava todo escrito na mesma língua dos símbolos que adornavam grande parte dos rodapés do lugar. Sua capa era velha e surrada, as páginas amareladas e repletas de notas de rodapé manuscritas com a caligrafia do amigo, eles já tinham se juntado para estudar centra vez.

- Rúnico... - o rapaz apenas folheou algumas ilustrações que lá haviam, desenhos feitos a lápis de partes da anatomia de criaturas bizarras, já tinha visto algo parecido em seus próprios estudos, possivelmente Jotuns - Ah... - tomou um breve fôlego - Láu! - gritou para chamar a atenção do amigo que já cruzava o arco para outra câmara, este escutou se virando. - Seu livro... - mais uma vez não sabia muito bem o que tinha acabado de fazer, seu instinto o dizia para manter o livro e folhear um pouco mais depois da cerimônia. O amigo sempre teve um lado um tanto estranho e isso vinha o preocupando, porém ele gostava muito de absorver conhecimento, devia ter uma explicação simples para estar estudando aquele tipo de material.

- Nossa.. sim... como eu sou distraído. - voltando enquanto dava tapinhas na própria testa – Obrigado.

- Tá... toma aqui... - entregando-o intrigado.

Laurence o recolheu, colocando abaixo do braço, acenou para o amigo e saiu com pressa.

Quase no mesmo instante, dois homens entraram pelo mesmo arco. Um mancava se apoiando em uma bengala de madeira escura adornada com detalhes dourados. Era uma pessoa de meia idade. Tinha vários colares e anéis nos dedos e parecia ser bem rico pelo jeito que se trajava. Levava consigo uma bela espada curva amarrada a cintura, o desenho exótico era sem sombra de dúvidas oriental.

O outro era uma figura um tanto curiosa. Um sujeito encapuzado que vestia um grosso sobretudo branco de lã não abotoado no meio. Usava também uma máscara cinzenta adornada em alto relevo que tinha de entradas apenas os buracos dos olhos. Era impossível ver qualquer detalhe de seu rosto ou cabeça, o pescoço era encoberto por uma desbotada echarpe azul marinho, apenas as mãos estavam despidas de algum tipo vestimenta, eram fortes mas com pele muito enrugada, isso denunciava sua idade. Era um pouco mais alto que o outro.

Os dois se dirigiram para a mesa elevada no fundo do salão. Iam abrindo passagem entre alguns grupos que conversavam enquanto esperavam o início das celebrações, todos cumprimentavam a dupla com grande respeito. O mascarado ficou no acento central, o mais alto de todos. O de bengala ocupou o que estava na ponta da esquerda. Ainda faltavam três acentos, eram cinco lugares ao todo, um era da tesoureira, a Sra. Cásia Damon, o penúltimo da esquerda. Ela chegou poucos minutos depois. Os dois acentos localizados aos lados do central iriam ficar vazios. Seus donos não estariam presentes, um deles era cativo de Alexis Baltazar. Os presentes ficaram lá conversando um pouco entre si.

Vendo que já era a hora, Angus acenou para o sujeito do meio. Este sem se levantar de seu lugar, começou a falar:

- Silêncio! - em alto e bom som. Sua voz era de um homem velho, contia uma certa imponência mas era contida ao mesmo tempo, soava abafada pela máscara.

Todos que estavam lá obedeceram na mesma hora, se sentando e olhando para o sujeito com respeito, ele continuava:

- É com muito orgulho, que falo a vocês queridos amigos que o Sedoc terá a adição de sua quadragésima segunda geração de membros oficiais! - com isso, ele ficou de pé - Esses jovens a cerca de dois anos escolheram se juntar a nossa causa pelos mais variados motivos. Passaram por um rigoroso treinamento e estudo para compreenderem os nossos jeitos. - ao mesmo tempo, Angus se esticando o oferecia um papel, o velho aceitou pegando e o lendo enquanto prosseguia – Aprovados pelo nosso Cavaleiro Jarl, Imaan Angus – o cumprimentava com uma breve reverência - em uma tarefa de grande importância, provaram estarem mais do que capazes de cumprir com ordens e se portarem como legítimos Aesir. - respirou fundo - Vou agora chamá-los. - filava do papel, lá estava o nome dos recrutas – Anabel M. Tavas...

E então uma das duas moças que treinavam junto com outros recrutas se levantou de um dos acentos, se dirigindo para a frente da mesa. Parecia muito contente. 

- Juliano R. Branco... Mathias Queriane... Helena R. DeFlávia... Heitor Radhanes... Damião D. Aerrierf... e por fim, Gabriel Damon. - chamando todos, ele deixava o papel na mesa e se arrumando em sua cadeira. Ficou parado por alguns segundos estudando os jovens que até a frente de sua mesa se dirigiam, estava estático como uma gárgula. Não era possível ver olhos por trás das fendas negras de sua mascara. 

Todos os recrutas estavam um do lado do outro em uma fileira. O silêncio foi rompido mais uma vez pelo senhor, que continuava:

- Depois de tanto tempo, vejo novos e promissores rostos. Sabe, sempre digo, cada adição ao Sedoc é uma adição valorosa. Não temos o privilégio de recrutar tanto quanto queremos ou gostaríamos, Nortglast não nos permite. E a eles temos de agradecer. Vocês foram escolhidos pelo potencial que cada um guarda. Os que não eram Aesir de nascença, sobreviveram ao rito de passagem e agora são. Os que já nasceram com nosso sangue, agora compreendem suas origens e propósito. Foram indicados por um exigente e experiente instrutor - Aerrierf tossia com força no fundo do salão neste momento.

O velho parava para pegar ar enquanto refletia, era um excelente orador, após a pausa continuava:

- Meus jovens, lembram-se do juramento que fizeram a alguns anos atrás quando começaram seus trinamentos? Por favor, quero ouvi-lo uma vez mais. - dava um sinal para que eles continuassem.

Os recrutas sem pestanejar recitaram em um couro improvisado:

- Servir o Sedoc. Proteger nossos irmãos. Iluminar os mundanos. Ascender em conhecimento. Preservar nossa cultura. - sabiam de cor.

- Este juramento. Estas palavras... elas foram ditas por muitas pessoas antes de vocês, pessoas brilhantes. E será dito por muitas outras no futuro. É um mantra simples, e se seguirem ele, vocês sempre serão bem vindos entre nós. Lembrem-se. - sua voz agora tinha muita alegria - Vocês agora não são mais recrutas... agora são verdadeiros Aesir! Se orgulhem disto.

E com essa deixa, todos os que assistiam as palavras do velho bradaram e aplaudiram, havia meia centena de pessoas no local. O banquete seria servido.

Dava para se escutar as comemorações até da entrada para o exterior, o primeiro andar tinha eco quando não estava muito movimentado entre os corredores. Lá o porteiro barbudo que sempre ficava sentado em uma cadeira em frente aos grossos portões de metal negro ria, fumando seu cachimbo ao escutar o discurso. Tinha uma excelente audição. Estava escuro lá, apenas umas poucas velas iluminavam o caminho, aguçando ainda mais seus sentidos. A pequena brasa que brilhava no bico do cachimbo era uma fraca evidência da presença do vigia. Sua concentração foi quebrada quando ouviu passos descompassados e gemidos se aproximando do grande lance de escadas a sua frente.

Capítulo 3 - fim.


Última edição por JP Vilela em Seg Jun 18 2012, 12:42, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Nat-Bear Seg Jun 18 2012, 10:44

Lido.

Erros de portugueees e umas descrições que ficaram um pouco confusas.
Não é cerrar os olhos naquela parte, é estreitar os olhos... cerrar é fechar e se tivessem fechados não ia dar pra cuidar de nada. Faltaram algumas virgulas e acertos de pontuação, isso é q acaba deixando um pouco confuso.
Por que é O Sedoc?qual o é termo que usam pra falar em Sedoc no masculino?

Em geral está legal, finalmente se focando em uma coisa de cada vez kkkk XD.
Em vez de velas não seria melhor lampiões?

Esse tipo de cerimonia sempre vai me lembrar Harry Potter kkkk XD. E quem iria deixar passar free food!? XD
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Mensagem por Midori Seg Jun 18 2012, 10:56

Oh! Muito bom, JP! O capítulo 3.2 ficou muito bem escrito!
O português flui bem, e consegui imaginar bem a conversa do Dami com o padre!

Depois leio o capítulo 2 remasterizado (LOL) e o capítulo 3.3 ^^ (PS: arrumei o número... prestar atenção é bom de vez em quando... que burra eu XD)
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Mensagem por JP Vilela Seg Jun 18 2012, 12:10

Nat-Bear escreveu:Lido.

Erros de portugueees e umas descrições que ficaram um pouco confusas.
Não é cerrar os olhos naquela parte, é estreitar os olhos... cerrar é fechar e se tivessem fechados não ia dar pra cuidar de nada. Faltaram algumas virgulas e acertos de pontuação, isso é q acaba deixando um pouco confuso.
Por que é O Sedoc?qual o é termo que usam pra falar em Sedoc no masculino?

Em geral está legal, finalmente se focando em uma coisa de cada vez kkkk XD.
Em vez de velas não seria melhor lampiões?

Esse tipo de cerimonia sempre vai me lembrar Harry Potter kkkk XD. E quem iria deixar passar free food!? XD


Arrumei.

Cerimônias a lá HP xDDD

O Sedoc seria por que estão se referindo ao lugar? Sempre achei que me referir a isso com um termo masculino soaria melhor. Qual o gênero que se daria a uma instalação subterrânea secreta? xD

O lance das velas é apenas para de criar um ambiente mas exótico. Já que não faria diferença trocar para lampiões... e não precisariam se preocupar com respingos de cera. Enfim, decisão estética... culpe o decorador do lugar xD
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Mensagem por Nat-Bear Seg Jun 18 2012, 12:25

Eu achei q era na rua, por isso falei de lampião... Vento apaga velas.. mas se é do lado de dentro não tem problema.

Eu diria A base subterrânea. A cidade, A construção, A fortaleza (q não parece ser o caso). Mas Sedoc não engloba toda a cidade? ou é só a base ai?

Aliás, quando é cidade eu acho que o certo mesmo é dizer a cidade de....
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Mensagem por Midori Seg Jun 18 2012, 12:30

Em resposta/explicando algo, "porque" é tudo junto. ^^
Passos e não paços XD!!!

Apesar dos erros dá para ver que tem melhorado muito, inclusive nessas passagens de capítulo ^^!

Parabéns, JP ^^!
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Mensagem por JP Vilela Dom Jul 08 2012, 01:40

Capítulo 4 - A Tempestade Vindoura – parte 1

O vigia sem perder tempo deu três batidas na grande porta metálica com seu punho ossudo, as pancadas ressoaram estrutura adentro, era certamente um código de alerta. De lá saiu um homem alto trajando uma armadura leve de placas, em uma das mãos segurava um lampião a óleo, na outra uma espada larga, era um dos guardas do Sedoc.

Algo estava errado, para alguém entrar no complexo a essa hora era preciso antes se identificar lá da entrada da escadaria escondida, aqueles que não seguissem com essa regra seriam recebidos como intrusos. O vigia pegou um mosquete que tinha escorado na parede próximo a sua cadeira. Os dois se entreolharam como se já estivessem preparados para esse tipo de situação e em seguida o que segurava a arma de fogo lançou sua voz contra a escuridão da escadaria:

- Quem vem lá? - fazia mira com a arma, mesmo estando o possível invasor fora de sua linha de visão.

Demorou um pouco para qualquer tipo de resposta, apenas o som do caminhar que se aproximava cada vez mais. Uma corrente de ar havia se formado de fora para dentro da porta negra as costas do barbudo funcionário, o ar frio da noite adentrava o complexo.

Em pouco tempo uma silhueta bípede disforme era possível de ser vista se aproximando.

- A...ajuda! - respondeu com dificuldade uma voz masculina.

O porteiro forçou mais a visão e por fim conseguiu identificar a figura que se aproximava descendo pesadamente os primeiros degraus da escadaria. Por pouco tempo foi difícil, mas parecia com um dos amigos íntimos de Gregório DaRégia. Ele e seu grupo haviam partido na tarde do mesmo dia a trabalho como foram instruídos por Alexis . O jovem a quem o porteiro observava chegar carregava em seus braços uma pessoa. O porteiro abaixou a arma e acenou com a cabeça para o guarda ao seu lado, fazendo o entender que eram aliados que se aproximavam. Tomou o lampião de suas mãos e com ele apoiado firmemente a sua frente foi indo em direção ao jovem.

- Mas o q... O que aconteceu com vocês filho? - seu cachimbo ia de um lado para o outro da boca, preocupado enquanto ia chegando cada vez mais perto do sujeito que se aproximava mais e mais.

- Jotun! - falava quase sem forças. - essa simples resposta fez o velho funcionário se arrepiar na mesma hora.

O que a luz da chama do porteiro iluminou foi preocupante e ao se deparar com esta cena, acabou por deixar seu cachimbo cair no chão. O jovem que estava a sua frente encontrava-se coberto de sangue já talhado respingado por todo seu rosto, pescoço e roupas, também havia sugeria de lama em seus trajes e arranhões em seus braços. Sua testa estava ferida com um profundo corte na esquerda.

Mas isso não era o pior, a pessoa que ele carregava nos braços, outro homem nas sua mesma faixa de idade, seu companheiro de grupo, estava ferido seriamente. No braço esquerdo tinha um torniquete improvisado feito de trapos amarrados a um galho um pouco abaixo do cotovelo que tinha a pele seriamente queimada com feridas de uma coloração acinzentada. Com os olhos arregalados o porteiro continuou a acompanhar a extensão do membro do rapaz quando percebeu que a sua mão não estava ao final de seu braço, apenas um bando de ataduras improvisadas pintadas com sangue coagulado cobriam o pulso descepado. De sua barriga coberta por uma camisa rasgada e molhada, pintada de um vermelho escuro que brilhava a luz âmbar da lamparina, pingavam gotas de sangue. Mal dava para saber se o pobre homem estava vivo ou não.

Um tanto quanto catatônico com a situação, o vigia disse:

- Vamos, entre... entre, leve-o a curandeira! Rápido!
- Espere, deixe-me ajudá-lo – interferia o guarda embainhando sua lâmina e fazendo menção de carregar o enfermo.

-Não toque nele! - exaltou-se o jovem que carregava o outro, havia uma mistura de fúria e desespero em seus olhos que chegou a assustar. Ambos estavam fedendo a queimado, isso só foi possível de se notar neste ponto.

O guarda não insistiu, apenas olhou com desconfiança de volta para o porteiro que estava a coçar nervosamente sua barba recolhendo seu cachimbo que do chão, este ao se erguer, reagiu:

- Vamos filho, não... não perca tempo... - apressava-o enquanto olhava sem saber o que fazer para o guarda. De maneira alguma esperavam que isso fosse acontecer.

O jovem atravessou com dificuldades o portão, mas ao dar o primeiro passo dentro do primeiro andar, aqueles curiosos símbolos que enfeitavam os rodapés mais próximos a ele instantaneamente brilharam emitindo uma luz vermelha, o que dava um tom ainda mais sinistro a situação. Estes entalhados desenhos se faziam presentes em todos os corredores e câmaras do complexo. O rapaz parou por um instante observando-os sem expressão. O guarda que estava mais próximo alarmou-se ainda mais exclamando:

- Mas o que diabos isso significa?! - e como um raio, voltou a sacar sua lâmina contra o rapaz que carregava o enfermo, que agora o ignorava observando fixamente as figuras brilhantes.

O senhor barbudo pensou rapidamente, enquanto segurava o braço que empunhava a espada do companheiro assustado e o censurando disse:

- Os ferimentos desses jovens... estão contaminados, sua besta-fera! Por isso as runas de alerta foram ativadas! - respondia impaciente, em seguida gesticulou para o rapaz a andar mais depressa corredor adentro. - Não deixe esse nervosismo te levar a fazer besteiras com os nossos!

O guarda fitou-o de volta com desaprovação, aquilo era errado, mas a explicação do senhor chegava a fazer um sentido no meio dessa cena angustiante.

Enquanto o machucado rapaz adentrava, os rodapés tornavam-se brilhantes a medida que avançava em direção a enfermaria, os corredores estavam desertos, muita gente estava no salão comunal se entretendo na comemoração do recrutas. Seria difícil trombar com outros membros que não os que estavam de guarda em locais chave do complexo.

- Filho... o que aconteceu com o Capitão Gregório? - o vigia entregava a tocha e sua arma para mais um desses guardas que apareceu por causa do alarde.

Assim que este chegou, deu uma boa olhada no enfermo desacordado que estava sendo carregado.

- Matou a criatura... - manita seu olhar fixo nos símbolos que acompanhavam a sua passagem, parecia estar fascinado por eles - ficou para trás... tinha que ajudar os outros.

- Então estão vivos? Quantos? - continuava o vigia.

- Todos os seis... mas precisam de ajuda... estão em uma fazenda a ...... daqui. - permanecia olhando os símbolos de alerta que iam brilhando aos seus lados, estava parecendo relutante sobre o que falava.

- E seus cavalos?

- Mortos – ofegava.

Esta resposta fazia sentido. É do conhecimento dos Aesir que Jotus atacavam cavalos quase que como alvos primários. Não se sabia se era por extinto ou por uma malévolo senso de inteligência que fazia com que eles eliminassem as montarias primeiro, deixando as pessoas sem sua melhor alternativa de fuga.

- Certo... - com isso o vigia voltou-se para o primeiro guarda que os acompanhava desda entrada - Ouviram ele? Precisam de ajuda! Vão logo! - empurrando-o e olhando para o segundo que se encontrava ao seu lado indicando para este fazer o mesmo - Vão!

Os guardas o olharam com algum receio, mas prosseguiram . Chegando perto da câmara onde o primeiro deles fazia guarnição, este chamou mais seis homens bem armados que já tinham se preparado reagindo a toda essa comoção. Era lá onde ficavam caso surgissem problemas na entrada do Sedoc. Sem perder tempo, partiram escada acima em disparada.

O porteiro voltou-se novamente para o jovem, olhou para o ferimento na barriga do companheiro que este carregava e continuou:

- O que aconteceu? - remordia o bico do cachimbo de nervoso.

- Era uma coisa muito rápida... nunca tínhamos visto nada igual. - tremia enquanto falava - nós tentamos o emboscar.. mas... mas... - tentou continuar – mas... - faltavam palavras.

O vigia barbudo estava perplexo. Os "Animais" como o grupo do jovens era chamado eram dos mais eficientes combatentes de todo o Sedoc. Saber que tinham sofrido tanto para abater um Jotun deixava-o assustado, eles eram melhores que isso. Gregório era muito melhor que isso. O senhor voltou a observar os dois jovens, quando percebeu que o que carregava o mais ferido em seus braços tinha um brilhante anel prateado em seu indicador direito que reluzia contra a vermelhidão das runas. Achou aquilo estranho pois não tinha notado a joia em sua mão quando o viu na entrada, sabia que tinha boa memória e que era um bom observador, afinal era o porteiro do local e tinha que decorar características de todos que iam e vinham, mas provavelmente devido a gravidade dos ferimentos do outro companheiro, deixou esse detalhe passar despercebido.

Por fim, chegaram na entrada da Sala de Cura, a enfermaria do Sedoc. Ao abrirem a pesada porta de madeira perceberam que o lugar estava vazio, excerto por uma pessoa no fundo da câmara que estava sentada em uma cadeira, encostada sobre uma pinha de livros. Várias camas e macas se encontravam nas laterais da espaçosa câmara, que contavam com uma variada e interessante coleção de frascos com medicamentos, reagentes alquímicos e poções em suas diversas estantes e prateleiras. Ferramentas cirúrgicas como bisturis e agulhas eram cuidadosamente guardadas em caixas de vidro espalhadas sobre as mobilhas mais próximas ao centro.

- Enfermeira! - bradou o vigia ao ver a forma feminina que se encontrava ao fundo do salão.

Rachel estava fazendo o inventário dos itens da enfermaria desde que chegou de sua viagem na tarde deste mesmo dia. O inventario estava um verdadeiro caos e sua superior mandou ela trabalhar nisso. A moça tinha caído no sono a alguns minutos por estar executando a “emocionante” tarefa a tanto tempo. Acordou com um certo espanto, tinha no rosto as marcas da capa do livro de registros em relevo, com o qual cochilou com o rosto encima, quase que o usando como um travesseiro. Ao se virar deparou-se com o estado dos dois sujeitos que o senhor com cachimbo acompanhava. Não conseguia ver outra coisa alem do rapaz que vinha sendo carregado, assim que bateu seus olhos azulados nele, viu a gravidade da situação.

- Venham... ponham ele aqui nesse balcão. - derrubava as coisas que estavam sobre o móvel de madeira próximo de si.

Ela sabia que esses dois eram amigos de Gregório e com isso, bateu-lhe um arrepio pensando se ele estaria bem.

- Moça... onde estão as outras enfermeiras? - perguntava o vigia enquanto ajudava a por o ferido sobre o local. O outro rapaz sentou-se em uma das macas mais próximas.

Ela não o respondeu, concentrada verificava se o sujeito desacordado ainda estava vivo.

A enfermeira-chefe, Sra. Aline tinha se retirado aos seus aposentos algumas horas antes, tinha ido descansar da viagem. As outras cinco moças que trabalhavam no local estavam dispersas pelo Sedoc, seja na cerimônia no salão comunal, seja em seus quartos ou quaisquer outras locações. Rachel encontrava-se sozinha.

Encostando suavemente o ouvido em seu peito, a moça escutou batidas cardíacas, mas o sujeito respirava com dificuldade. Em segundos ela o estudou dos pés a cabeça, feridas em todo o corpo, queimaduras e uma mão descepada. Mas tudo isso não chegava a ser o maior problema, tinham feito um bom torniquete em seu antebraço prevenindo uma morte por sangramento vinda daquele ponto, a queimadura estava longe de comprometer seriamente sua vida. O que realmente a preocupava de imediato era o escondia-se abaixo da camisa empapada de sangue que ocultava sua barriga, ela com cuidado a removeu com suas luvas brancas.

Havia temido com razão, o que estava lá era um rasgo que saia do meio das costelas até perto da região do rim esquerdo. Um corte tão sério que em seu ponto mai profundo, no meio da barriga, era possível se ver alguns detalhes amostra dos intestinos do pobre coitado. Com seu vasto estudo de anatomia, ao menos visualizou que nenhum órgão de seu tronco havia sido fatalmente comprometido, caso contrario já estaria morto. Mas certamente o que mais contribuiu para o manter vivo até agora não era nada mais nada menos que o fato dele ser um Aesir. Seu organismo fazia com que mesmo horríveis ferimentos como aqueles coagulassem incrivelmente rápido, prevenindo uma maior perda de sangue e hemorragias internas.

A moça por fim manifestou-se enquanto amarrava seu cabelo para prosseguir com os cuidados:

- Segure-o - ordenou sem desviar o olhar do paciente para qualquer um dos outros dois que estavam ali presentes.

- Cla... claro... - reagiu prontamente o senhor que guardava seu cachimbo, aproximou-se da bancada e segurou firmemente os braços do rapaz.

Feito isso Rachel foi a uma estante e pegou um frasco com uma substância rosada. Retirou a rolha que o lacrava e aplicou encima da monstruosa feriada. Ao ter contato com a carne o liquido entrou em reação, fez um alto som, como o de quem joga água em uma brasa, seguido por uma leve fumaça. Sangue misturado a esse tal liquido escorriam pela barriga do paciente que teve um instantâneo espasmo de dor. A enfermeira com cuidado tentou arrumar a carne da ferida a modo que em seguida pudesse fechar o ferimento, esperava estar fazendo a coisa certa.

Tirou fora suas luvas para trabalhar melhor, revelando mãos delicadas com unhas bem cortadas. Precisava de precisão e mãos limpas para trabalhar. Na palma de sua mão direita havia uma tatuagem com um circulo de símbolos negros que contrastavam contra sua pele avermelhada de nativa, ela a colocou sobre a ferida e em seguida fez uma pausa.

Segundos depois um fraco brilho azulado começou a emanar do desenho, se tornando gradativamente mais intenso até se tornar tão forte que era difícil olhar diretamente para o foco, pequenas fagulhas frias de luz branca saltavam para todos os lados de maneira caótica. Esse brilho fazia alguns estalos que soavam como a madeira que queima em uma fogueira. O paciente debateu-se mais ainda até que foi se acalmando com o passar do tempo com aquela forte luz brilhando contra seu tronco. Quando o brilho cessou, a ferida não parecia mais com um selvagem rasgo, um corte bem menos sério encontrava-se em seu lugar, parecia que havia se regenerado com um passe de mágica. Os símbolos sob a palma da mão da jovem enfermeira ainda reluziam fracamente e uma pequena fumaça saia de sua pele. O vigia mesmerizado a encarava:

- Moça... o q... o quê foi isso? - esfregou os olhos, parecendo que havia visto uma miragem.
- Ah... não foi nada... apenas um truque que o Sr. Nacasiba me ensinou... - já procurava por alguma coisa dentro das gavetas de uma cômoda próxima – ...para lidarmos com pacientes nesse tipo de estado.

A enfermeira localizou uma agulha e um rolo de linha, ao passar com maestria a linha pelo buraco da agulha ela voltou ao sujeito deitado e se dirigindo ao vigia disse:

- Segure ele de novo por favor. - agora parecia bem mais calma, embora estivesse parecendo bem mais cansada também.

- Aquele velho maluco... - ria aliviado - Já vi vários tipos de Karaktertrekks, mas nenhuma com uma utilidade curativa feito essa ai – voltava a observar a mão da moça – Isso de fato é uma revolução, mal consigo acreditar no que acabei de ver filha... - novamente segurou os braços do paciente. - Aquele velho é um gênio!

- Incrível não é mesmo? - com cuidado começou a costurar a ferida, sorria gentilmente – Sabe, ele me disse, esse é o verdadeiro sentido do Sedoc, descobrir novas maneiras de lidar com os problemas de todos os Aesir. - sorria.

Com o ferimento sendo tratado daquela forma, o rapaz não corria mais tanto risco. Rachel de fato era a joia da sala de cura, uma moça brilhante no que fazia. Ela agora procurava dar um jeito nos outros ferimentos da vitima, não antes lhe aplicando um sedativo para aliviar sua dor. Optou por drogá-lo apenas agora pois queria acompanhar suas reações durante o tratamento, era importante saber se ele ainda estava com sensibilidade ou manifestaria algum tipo de resposta para que com isso, ela reagisse de acordo. Embora o paciente ainda se remexesse como se estivesse tendo um pesadelo.

O vigia agora mais tranquilo também, ajudava da maneira que podia obedecendo os pedidos a moça, tentando deixar o clima de tensão da situação mais ameno, este continuou:

- Humm... agora eu me lembro! - pigarreou - Você é a namorada do Capitão Gregório, a Srta Yara... Certo?

- Ah... isso mesmo – tinha em suas mãos um comprimido esverdeado, com cuidado fez o paciente o ingerir – espero que ele esteja bem. - voltou a ficar preocupada.

- Não se preocupe filha, o outro rapaz aqui confirmou que ele não só está bem, como matou o bicho desgraçado que fez isso com os seus companheiros. Não é mesmo ra... - olhava para trás procurando o outro jovem.

Por todos aqueles minutos os dois ficaram tão focados em prestar socorros ao que estava deitado os levaram a esquecer do outro sujeito. O vigia olhou para os quatro cantos da câmara em que estavam, mas nenhum sinal dele. Saiu para fora e olhou para ver se o encontrava no corredor mas nada. Simplesmente havia sumido.
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Mensagem por Midori Ter Jul 10 2012, 12:54

Quando eu tiver um tempinho eu leio ^^
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Mensagem por Nat-Bear Sex Jul 13 2012, 02:33

Tive a impressão de que houve progresso no seu modo de escrever XD. (e eu só lembro agora de 1 erro "desda" .. é "desde a"!!

Só achei meio comprido o passeio pelo corredor, por mim o cara tinha morrido ali de tanto que enrolaram kkkkk.
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Mensagem por Midori Qui Jul 19 2012, 18:03

Muito bom XD! Deu pra entender bem melhor a história e os personagens XD!

Agora é só continuar estudando português para melhorar a linguagem ^^!
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Mensagem por JP Vilela Sáb Jul 21 2012, 16:47

Nat-Bear escreveu:Tive a impressão de que houve progresso no seu modo de escrever XD. (e eu só lembro agora de 1 erro "desda" .. é "desde a"!!

Só achei meio comprido o passeio pelo corredor, por mim o cara tinha morrido ali de tanto que enrolaram kkkkk.

xD

Midori escreveu:Muito bom XD! Deu pra entender bem melhor a história e os personagens XD!

Agora é só continuar estudando português para melhorar a linguagem ^^!

A história está se expandindo xD
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Mensagem por JP Vilela Ter Out 16 2012, 10:04

Então pessoal, passei um tempo sem muito animo/preguiça para escrever, mas fiz algo xD

primeiramente, quero postar uma rápida revisão(para quem não leu a ultima parte/ ou tem saco de reler revisado xD):

Rune

Capítulo 4 - A Tempestade Vindoura – parte 1 (revisado)

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E agora coisa nova de fato xD

Capítulo 4 - A Tempestade Vindoura – parte 2

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Mensagem por Midori Qua Out 17 2012, 17:39

Você sabe que eu demoro mas leio XD
Hahahahahaha um dia eu leio LOL
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Mensagem por JP Vilela Sex Dez 28 2012, 22:02

Up.

Depois de 500 mil anos resolvi revisar mais uma parte dos textos. Ainda espero por um momento oportuno de vagabundice quando a meu pique para escrever flua novamente. :/

Capítulo 5 – A Primeira Onda – parte 1

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Mensagem por JP Vilela Qua Fev 20 2013, 22:55

*Postei no Zinemax e me esqueci de postar aqui também.

Capítulo 5 – A Primeira Onda – parte 2


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Mensagem por JP Vilela Qua Fev 20 2013, 22:56

Capítulo 6 – Grandes Círculos - parte 1

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Capítulo 6 – Grandes Círculos - parte 2

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Mensagem por moonlance Seg Mar 11 2013, 18:25

Agora um comentário humorístico sobre Rune:

Se algo como a organização do Sedoc ocorresse num mundo de jogo de RPG, particularmente o AD&D (2ed), é interessante saber que um mestre rigoroso impediria que os jogadores, por mais experientes ou poderosos que fossem seus personagens, constituíssem essa 'brotherhood'. xD

Isso porque, nos próprios livros de regras do AD&D, se alertava aos jogadores (especialmente os mestres de jogo), para procurarem respeitar a idéia do que seria um mundo de fantasia medieval; ou seja, uma realidade baseado numa visão feudal de mundo, e não numa visão moderna de mundo; isso implica geralmente uma produção não abundante de bens, de modo que se por exemplo, um grupo de jogadores tivesse a genial idéia de criar em jogo uma guilda para produzir e vender poções mágicas com uma produção em massa, essa na verdade seria uma visão distorcida de habitantes de uma cultura de visão feudalista e medieval, e não seria verossímil para o universo do jogo, por mais tentador que fosse. xD O Sedoc, não preciso dizer, é por assim dizer, uma "fábrica de heróis ou mercenários". xD É um troço doido.

Bem, felizmente, esse apelo específico de cuidado de verossimilhança que existe no livro do AD&D, não se aplica necessariamente à ficção, e tampouco necessariamente se aplica aos próprios jogos de ficção, dependendo mais do grupo do que das regras.

Mas é uma passagem muito curiosa a do manual do AD&D, porque é comum jogadores terem esse tipo de idéia capitalista em universos de fantasia medieval (e quando não, inclusive, autores de histórias, como podemos notar bem! xD)

Mais engraçado ainda, é que a melhor campanha de AD&D que eu já joguei, acontecia justamente uma coisa dessa. xDDD O grupo obviamente não tinha lido com atenção suficiente os livros de regra; e talvez isso tenha sido bom no final das contas. xD Mas é importante termos a oportunidade de ter consciência disso.
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Mensagem por JP Vilela Seg Mar 11 2013, 21:01

moonlance escreveu:Agora um comentário humorístico sobre Rune:

Se algo como a organização do Sedoc ocorresse num mundo de jogo de RPG, particularmente o AD&D (2ed), é interessante saber que um mestre rigoroso impediria que os jogadores, por mais experientes ou poderosos que fossem seus personagens, constituíssem essa 'brotherhood'. xD

Isso porque, nos próprios livros de regras do AD&D, se alertava aos jogadores (especialmente os mestres de jogo), para procurarem respeitar a idéia do que seria um mundo de fantasia medieval; ou seja, uma realidade baseado numa visão feudal de mundo, e não numa visão moderna de mundo; isso implica geralmente uma produção não abundante de bens, de modo que se por exemplo, um grupo de jogadores tivesse a genial idéia de criar em jogo uma guilda para produzir e vender poções mágicas com uma produção em massa, essa na verdade seria uma visão distorcida de habitantes de uma cultura de visão feudalista e medieval, e não seria verossímil para o universo do jogo, por mais tentador que fosse. xD O Sedoc, não preciso dizer, é por assim dizer, uma "fábrica de heróis ou mercenários". xD É um troço doido.

Bem, felizmente, esse apelo específico de cuidado de verossimilhança que existe no livro do AD&D, não se aplica necessariamente à ficção, e tampouco necessariamente se aplica aos próprios jogos de ficção, dependendo mais do grupo do que das regras.

Mas é uma passagem muito curiosa a do manual do AD&D, porque é comum jogadores terem esse tipo de idéia capitalista em universos de fantasia medieval (e quando não, inclusive, autores de histórias, como podemos notar bem! xD)

Mais engraçado ainda, é que a melhor campanha de AD&D que eu já joguei, acontecia justamente uma coisa dessa. xDDD O grupo obviamente não tinha lido com atenção suficiente os livros de regra; e talvez isso tenha sido bom no final das contas. xD Mas é importante termos a oportunidade de ter consciência disso.

Um detalhe que faz muito sentido Moon. xD

É engraçado o termo que você usou; uma "fábrica de heróis ou mercenários" xDDD

Mas vamos ver no que isso vai dar não é mesmo. Até por que eu ainda não escrevi uma passagem que descreve o que o Sedoc é exatamente, fui apenas soltando dicas. Bem e ainda não ficou evidente a real influência que o complexo exerce sobre a cidade na qual ele está estabelecido, na província a qual a cidade pertence, a colônia e no mundo. xD

Uma coisa que você frisou no comentário, é que esse tipo de organização seria difícil de existir em um sistema feudalista, nuca disse que Lyverith opera sobre um sistema feudal. Hhumm... não sei se deixar essa parte de geopolítica para ser apresentada mais tarde foi uma má ideia no final das contas. Mas por favor, continue comentando. Estou gostando muito da sua participação e opiniões. o/


* Vou pedir para ver se o Zinid tem o poder de mover esse comentário e o seu para o outro tópico.
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Mensagem por JP Vilela Qua Mar 27 2013, 12:33

Então, ainda mantendo o ritmo de tartaruga de 1,5 partes/mês, vamos a coisas novas, e possivelmente, carentes de revisão. xD

Então, boa leitura. o/


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Rune - Capitulo 7 - Norglast - Parte 1

*Notas:

Neste meio tempo, resolvi alterar o sobrenome de um personagem. Laurence Giovane, agora se chama Laurence Keltham

Mudei mais uma vez o ultimo sobrenome de Damião DeValence, agora é Damião DeValence Aerrierf


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